Topo

Nissan abre fábrica que vai produzir Frontier e Classe X vendidas no Brasil

Frontier teve mudanças no projeto para atender preferências do mercado latino-americano - Divulgação
Frontier teve mudanças no projeto para atender preferências do mercado latino-americano
Imagem: Divulgação

Fernando Miragaya

Colaboração para o UOL, de Córdoba (Argentina)

30/07/2018 13h04

Linha pode fazer até 70 mil picapes por ano; maioria dos veículos será destinada para o mercado brasileiro

A Nissan inaugurou nesta segunda-feira (30) a linha de produção da Frontier em Córdoba, na Argentina.

Ela será responsável por abastecer diversos mercados na América do Sul, incluindo o Brasil.

Veja mais

Nissan renova X-Trail enquanto avalia venda no Brasil
Quer negociar hatches, sedãs e SUVs? Use a Tabela Fipe

Inscreva-se no canal de UOL Carros no Youtube
Instagram de UOL Carros
Siga UOL Carros no Twitter

Da linha com capacidade produtiva de 70 mil unidades anuais também vão sair outras duas picapes interessantes para o Brasil: a Renault Alaskan (em 2019) e a Mercedes-Benz Classe X (a partir de 2020).

O foco, porém, será na Frontier, até porque estima-se que 70% das unidades do modelo da Nissan produzidas por lá sejam destinadas ao mercado brasileiro.

Projeto (quase) novo

A Frontier argentina chega ao Brasil no último trimestre, em meio ao Salão do Automóvel de São Paulo. Porém, espere uma picape bem diferente em termos de acerto dinâmico, calibragem da suspensão e principalmente acabamento.

Segundo a Nissan, 120 especialistas de diferentes países participaram do desenvolvimento. A ideia era adequar a picape aos mercados latino-americanos onde o modelo será comercializado.

A marca construiu até uma.pequena pista de testes dentro da área da fábrica. Ao todo foram investidos US$ 600 milhões, gerando mil empregos diretos e expectativa de outros dois mil indiretos.

Fábrica da Nissan em Córdoba - Fernando Miragaya/UOL - Fernando Miragaya/UOL
Fábrica também vai produzir Classe X e Alaskan
Imagem: Fernando Miragaya/UOL

Discurso otimista

A solenidade de abertura teve a presença de autoridades que mantiveram o discurso previsível de empolgação e aposta na Argentina.

O presidente do país, Mauricio Macri, citou obstáculos recentes como as guerras comerciais no mundo, o aumento do preço do petróleo e os problemas climáticos enfrentados pela Argentina para citar a inauguração da fábrica como exemplo de que o país está no caminho certo.

"Toda a indústria automobilística está comprometida e apostando nesses novos desafios, entre os quais exportar. É nossa maneira de exportar nosso trabalho é mostrar nossa qualidade ao mundo", enalteceu Macri.

"É um dia muito importante para nós. Estamos em uma fábrica com uma grande historia e agora iniciamos um novo capítulo com a aliança", disse o presidente e CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, referindo-se ao acordo firmado entre Renault, Nissan e Mitsubishi.

Top 3

O presidente da Nissan América Latina, Jose Luis Valls, disse que a fábrica de Santa Isabel faz parte da estratégia da marca de ser uma das maiores da região. E estabeleceu metas audaciosas.

"Há três anos decidimos voltar ao forte para a Argentina. Hoje honramos esse compromisso, marcando um antes e um depois dentro da indústria nacional. E marcamos nosso objetivo de ser uma das três maiores fabricantes da América Latina", garantiu.

A linha de Córdoba foi originalmente construída pela Renault. Atualmente, além das picapes, a fábrica também produz carros de passeio, como Logan, Sandero e Kangoo.