Volkswagen Jetta 2019, mais classudo, chega este ano ao Brasil; veja
Nova geração do sedã chega aos EUA na virada do semestre; falta data para o Brasil
Num Salão de Detroit que será dominado por picapes e SUVs -- como a Ford Ranger para os EUA e o novo Mercedes-Benz Classe G -- um modelo como o novo Volkswagen Jetta tem tudo para ganhar o rótulo de "carro de passeio do salão". Se depender da tecnologia embarcada, do visual frontal e do porte, tudo bem. Só um deslize no modelo que muitos esperavam: a traseira ficou idêntica ao do brasileiro Virtus, que é genérica demais. De toda forma, o sedã chega ao Brasil este ano.
Em prévia ao salão, a nova geração do Jetta (já como modelo 2019) foi revelada com pompa. O sedã tem frente ousada e nitidamente inspirada em modelos que fazem sucesso nos EUA, como o próprio Passat americano (que é mais horizontalizado que o europeu), Hyundai Genesis e até o Dodge Charger, com seu conjunto óptico de LED em corpo único com a grade frontal.
Já a traseira ousa muito menos e lembra demais a do próprio Virtus, que pessoalmente não é feia. A questão é que os menos técnicos terão dificuldade em discernir uma e outra, e isso conta no momento de vender um carro mais caro (a vantagem seria do Virtus parecer o Jetta, não o Jetta se assemelhar ao Virtus.
Quem recebe o carro primeiro é o México, onde o modelo será fabricado. Na sequência, haverá adequação de exportação, primeiro para os EUA (ainda no primeiro semestre), depois para outros mercados durante o segundo semestre.
Segundo executivos com quem UOL Carros conversou, o "caminho para o Brasil é natural": presença no Salão de São Paulo é certeira, com vendas começando entre o final desse ano e começo de 2019.
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Destaque dado pela Volks local, porém, é para a base do modelo: fabricado no México, o novo Jetta finalmente usa a plataforma MQB, a mesma de Golf, Audi A3, Volkswagen Tiguan, Atlas e do luxuoso e esportivo Arteon -- este, aliás, será mais um modelo a chegar ainda em 2018 aos EUA.
Golf com bumbum? VW promete mais
Com esta base, o Jetta herda também toda tecnologia conhecida do Golf e de outros modelos, como sensores semi-autônomos (aceleração e frenagem automáticos, manutenção de faixa, ponto cego, leitura de obstáculos na traseira), painel totalmente digital e integrado ao sistema multimídia (como no Polo brasileiro) e integração com celulares de última geração, além de conexão 4G à internet na América do Norte. Há ainda filetes de LED sob os vincos, que podem mudar a cor ambiente ao estilo do que ocorre nos modelos de luxo.
Há um lado ruim também nessa história: se a versão mais completa (a SEL Premium) tem tudo o que Golf e Polo já mostraram de melhor, a versão mais barata também é super despojada, como já acontece com o Polo: o painel de instrumentos é mais simples (até demais) e tela tátil, menor e menos fácil de se operar.
Falando em porte, o Jetta cresceu quase 5 centímetros, chegando a 4,70 m de comprimento e 2,68 m de espaço entre-eixos (ganho de 3 centímetros). Traduzindo: tem quase o mesmo porte do Passat alemão. Ainda assim, o balanço dianteiro é mais curto que o do atual, melhorando a dirigibilidade, enquanto o traseiro é mais comprido -- a Volks promete mais espaço para joelhos e ombros no banco traseiro e, de fato, o ambiente para quem senta atrás é muito agradável. O porta-malas segue oferecendo 510 litros.
Falando de trem-de-força, teremos o conhecido motor 1.4 TSI (turbo, com injeção direta) rendendo 150 cavalos e 25,5 kgfm de força. A novidade é o novíssimo câmbio automático de oito velocidades, que promete mais conforto, mais dinâmica e menor consumo. Há ainda opção manual de seis marchas.
E o Brasil?
Aqui nos EUA, o sedã chega às lojas no segundo semestre custando a partir US$ 18.500 dólares iniciais (cerca de R$ 70 mil em conversão direta), contando com quatro versões: S, SE, SEL e SEL Premium.
Por ora, não há definições de preços ou nome das versões para o Brasil; isso tudo deve ser definido durante a participação no Salão de São Paulo, em novembro deste ano. Fique ligado e comente: você gostou do sedã?
* Viagem a convite de GM e Ford
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