Indústria do automóvel precisa se moldar e ouvir clientes para sobreviver
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Segundo pesquisa, marcas têm que se adaptar às novas tecnologias, tendências e vontades da nova geração para não sucumbirem no futuro
O mundo mudou nos últimos 100 anos ao ampliar tremendamente a capacidade de mobilidade do ser humano e possibilitar locomoção de maneira rápida, confortável e livre. Agora, o automóvel começa se tornar vítima neste processo inovador e disruptivo... Que a própria indústria criou.
Em cenário cada vez mais conectado e integrado, os carros poderão deixar de ser o ponto focal da mobilidade e se tornar apenas mais um elemento em uma plataforma bem maior e dinâmica para atender necessidades multifacetadas dos consumidores. Esta é a previsão de pesquisa, publicada este ano, pela consultoria Ernest & Young ao abordar a remodelação deste setor produtivo.
Veja mais
+ Anda de Uber? Logo você poderá rodar num Volvo autônomo
+ Carro brasileiro vai ficar mais econômico sem perder força
+ App promete diagnosticar falhas do carro por Bluetooth
+ Quer negociar hatches, sedãs e SUVs? Use a Tabela Fipe
+ Inscreva-se no canal de UOL Carros no Youtube
+ Instagram oficial de UOL Carros
+ Siga UOL Carros no Twitter
O estudo destaca que, apesar dos enormes avanços tecnológicos refletidos nos atuais veículos, há um processo em curso de descolamento da vanguarda na inovação. Na opinião da consultoria, a consolidação do negócio obrigou as fabricantes a encarar grandes mudanças administrativas nos seus processos e na forma de atender a novas demandas.
"É necessário que essas empresas, com alta confiabilidade no mercado, não tenham medo de fazer diferente e se conscientizem de que só alcançarão êxito se enfrentarem antigos modos de operação, repensando seu modelo de negócio urgentemente", avalia Rene Martinez, sócio da E&Y e encarregado por análises da indústria automobilística.
A pesquisa identificou cinco desafios para transformar problemas em oportunidades. Exigirão mudanças radicais sobre a maneira de como costumam ver os clientes, parceiros de negócio (entre os principais, suas redes de concessionárias), funcionários e, principalmente, a si mesmos.
Os cinco desafios
O primeiro desafio se refere à inovação e, para isso, é necessário novo modelo de negócio. Segundo o levantamento, poucas companhias do setor mostram abordagem objetiva no desenvolvimento e avaliação de novas ideias e propostas. Há necessidade de revolucionar o seu próprio negócio.
O segundo desafio refere-se à conectividade. O cliente quer ser ouvido. As novas gerações estão acostumadas a serviços móveis "sob demanda". O problema, agora, é desenvolver relacionamento contínuo com o consumidor e criar produtos e serviços personalizados. Será fundamental aprimorar a capacidade de interação.
Para isso, terceiro desafio, será necessário ter colaboração externa, mais uma dificuldade, pois por seu tamanho a indústria automobilística estabeleceu uma relação muito rígida com o mercado e seus parceiros. A nova indústria da mobilidade requer colaboração ampla envolvendo todos os participantes.
Quarto desafio: atrair novos talentos, de outras áreas. Isso também não é fácil. Pesquisa com jovens profissionais de tecnologia indicou que estes não veem o setor automobilístico como inovador e, por isso, existe baixo interesse em trabalhar nele.
Porém, segundo o estudo, a indústria vai precisar atrair especialistas em inteligência artificial e cientistas de TI para se adequar à remodelação da mobilidade. E isso leva ao quinto desafio: deixar de lado métodos operacionais desatualizados. É necessária ruptura com a velha tradição de apenas alavancar antigos processos operacionais e sistemas -- assim, além de criar novas unidades de negócio para manter a competitividade, deverão ser desenvolvidos modelos condizentes.
E&Y é uma consultoria conceituada, mas esse "caminho das pedras" já vem sendo seguido há algum tempo por quase todos os atores do setor. Constatável por qualquer observador mais atento.
Siga:
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.