Resumão: veja os carros anunciados pela Fiat-Chrysler que virão ao Brasil
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Marca investirá pesado em SUVs/crossovers; Brasil receberá boas novidades das marcas Fiat, Jeep e Ram
A história trouxe muitas surpresas ao longo de mais de 130 anos desde a patente do primeiro automóvel em 1886 por Karl Benz. Diversas marcas apareceram e sucumbiram, mas pelo menos 20 mantêm-se no mercado há mais de 100 anos. Uma delas é a Fiat, que enfrentou dificuldades financeiras, superou parte delas e se fundiu com a Chrysler em 2014, com controle de 58% das ações da Fiat-Chrysler Automobile (FCA).
No dia 1º de junho, a FCA apresentou em Balocco (Itália) um novo plano de negócios para o período 2018-2022, a ser tocado por seu próximo presidente -- que só será conhecido no início de 2019. Brasil terá posição de destaque, recebendo os principais lançamentos das marcas mais importantes do grupo: Jeep, Fiat e Ram.
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Nova era
O artífice desse plano foi Sergio Marchionne, atual presidente do grupo italiano. Ele recebeu do governo dos EUA a marca americana, que havia falido em 2009, para depois formar a FCA em 2014. O executivo ítalo-canadense despede-se da companhia em março do próximo ano, depois de cumprir jornada de consolidação do grupo.
Marchionne conseguirá zerar a dívida operacional da FCA ao final deste semestre, considerado um grande feito administrativo e estratégico para o futuro. Tanto é assim, que a plateia do anúncio dos novos planos era de analistas financeiros, representantes do mercado de capitais e jornalistas de economia e de produto.
Brasil em destaque
Interessante notar que Marchionne transformará a Fiat em marca de nicho de pequenos modelos urbanos na Europa, com o 500 e o Panda. Mas para a América Latina os planos são bem mais amplos. Garantiu que terá três novos SUVs, além de renovações de linha, sem adiantar pormenores.
Já Antonio Filosa, que comanda o Grupo FCA América Latina a partir de Betim (MG), acrescentou que haverá renovações dos produtos da marca nos próximos três anos, a começar pelo facelift do Renegade no segundo semestre deste ano.
Também está confirmada a já mencionada configuração de sete lugares do Compass, a ser feita em Goiana.
Filosa descartou, porém, produção no país de um modelo menor que o Renegade -- o projeto existente para ser feito no Brasil é de um crossover com insígnia Fiat. Apelidado de "Baby Jeep", está nos planos da companhia anunciados em Balocco, para 2021 ou 2022. É bem provável que seja, então, importado para o Brasil
De toda forma, com base em nossa apuração, veja o que se pode esperar:
+ 2020: crossover com base na plataforma Argo/Cronos, que estamparia a marca Fiat, e não Jeep, como inicialmente apuramos;
+ 2020: novas gerações do Uno e da picape Strada, produzidos em Betim;
+ 2020/21: Jeep Compass de sete lugares, em Goiana;
+ 2020/21: versão Fiat do Jeep Compass de sete lugares, reservada para Goiana (PE). Trata-se de um produto novo, de dimensões internas e externas maiores, provavelmente a partir da base do novo Cherokee.
+ 2021: aventureiro/crossover a partir do Mobi renovado (2021), ambos previstos para Betim;
+ 2021: picape para uma tonelada com esquema tradicional de carroceria sobre chassi. Utilizará a marca Ram, será maior que a Toro, vindo do México;
+ 2021/22: estreia do mini-SUV da Jeep na Europa, de onde será importado ao Brasil.
Eletrificação básica, autônomos longe
O atual presidente da FCA é uma pessoa determinada e audaciosa, além de ter contado com um pouco de sorte. Foi cobrado por ter ficado muito longe da meta de 400 mil modelos Alfa Romeo vendidos por ano -- entregou só 110 mil em 2017.
Foi prudente em relação à automação. Hoje muitos já oferecem o nível 2 (sistemas semi-autônomos de auxílio ao motorista), mas o nível 3 (motorista não precisa colocar as mãos no volante, mas deve supervisionar) tem custo estimado de US$ 30 mil ou R$ 115 mil por carro produzido, algo praticamente inviável.
Já o nível 4 (autônomo, mas com volante e pedais para interferência), em que o carro anda praticamente sozinho, chegaria a US$ 60 mil (R$ 230 mil). Sequer há preço definido para o nível 5 (autônomo sem volante ou pedais aparentes), aquele em que o veículo é capaz de rodar totalmente sem interferência humana.
Seu conceito de eletrificação é bastante pragmático. Vai desde motor elétrico para ajudar um turbocompressor, arquitetura de 48 volts e alterno-arranque em motores a combustão (sistema micro-híbrido), passando pelo híbrido básico, híbrido plugável (plug-in) e carro a bateria. Todas essas soluções serão empregadas pelas várias marcas do grupo.
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Roda Viva
+ Impressão 3D mudará o conceito de fabricação de veículos. Aponta para reduções importantes de custos de produção em combinação com Indústria 4.0 e Internet das Coisas. Permitirá também redução de estoques e maior personalização de acessórios para o consumidor. Semana que vem ocorrerá conferência e exposição em São Paulo sobre o tema.
+ BMW faz mistério, mas haverá sucessor do Z4, descontinuado em 2016. O novo roadster (conversível de dois lugares) foi mostrado agora, ainda disfarçado, em campo de testes na França. Além da silhueta clássica de motor dianteiro, capô longo e tração traseira, a fábrica adianta que haverá novo propulsor de seis cilindros e alta potência. Nada de híbrido...
+ Cronos tem como destaques estilo atual e interior bem projetado com materiais de bom aspecto para seu nível de preço. Espaço atrás para pernas é algo limitado: sedãs concorrentes dispõem de distância entre eixos bem maior. Relação conforto-estabilidade das suspensões é ponto alto. Motor 1.8 mostra certa aspereza, enquanto o de 1,3 litro é suave, mas falta fôlego.
+ Blitz de trânsito é comum nas cidades brasileiras e vem aumentando por conta da fiscalização do índice de alcoolemia dos motoristas. Site Doutor Multas sugere quatro ações, às vezes esquecidas: obedecer logo às ordens dos agentes de trânsito e policiais; não dar motivos para que suspeitem de sua conduta; descartar postura defensiva ou agressiva; não tentar fugir da blitz.
+ Câmeras de ré começaram a ser obrigatórias este mês em todos os veículos vendidos nos EUA. Em geral são modelos de porte maior que os europeus e menor visibilidade traseira. Estudos foram profundos e sem antecipar prazos, como Latin NCAP costuma preconizar. Lei foi aprovada pelo congresso americano em 2008, regulamentada só em 2014 e em vigor agora.
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