VW vai demitir chefão nos EUA e outros executivos além do CEO
A Volkswagen pretende responder à crise que se instaurou após escândalo de fraudes nos testes de emissão de poluentes em motores a diesel demitindo mais executivos além do ex-CEO Martin Winterkorn, dissem fontes à Reuters.
O conselho supervisor da maior montadora europeia se reunirá na sexta-feira (25) para escolher o sucessor de Winterkorn e, no encontro, deve também sugerir que outros nomes da alta cúpula deixem o cargo, mesmo quem não tinha conhecimento prévio sobre a manipulação.
Já é quase dado como certo que o chefe da Volkswagen nos Estados Unidos, Michael Horn, e o diretor de vendas do grupo, Christian Klingler, estarão na lista de cortes. Diretores de pesquisa e desenvolvimento de Audi, Ulrich Hackenberg, e Porsche, Wolfgang Hatz, também devem cair.
Procurada, a assessoria da montadora se recusou a comentar a informação.
Chefão da VW pede desculpas pelo escândalo
Entenda o caso
No início desta semana, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação penal contra a montadora alemã porque esta usou um software para fraudar os resultados de testes de emissão de poluentes em quase 500 mil automóveis movidos a diesel só naquele país.
Após a eclosão do escândalo, representantes da Volkswagen, nos EUA e também na Europa, admitiram o esquema e informaram que o dispositivo eletrônico equipa mais de 11 milhões de automóveis a diesel feitos pela marca e por suas subsidiárias em todo o mundo.
As acusações motivaram outros países a também abrir investigação contra a companhia, como Alemanha, França, Itália, República Tcheca e Coreia do Sul.
Desde que o caso se tornou público, as ações da Volkswagen acumulam queda de 20%, com expectativa de prejuízos na casa dos bilhões. A cúpula da montadora já separou 6.5 bilhões de euros para custear as primeiras despesas, e esperaq multa de até US$ 18 bilhões a ser paga só nos EUA.
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