Presidente da GM anuncia compensações para vítimas de defeito em ignição
Presidente-executiva da General Motors, Mary Barra irá anunciar ao Congresso dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (18), que a companhia espera começar a processar as reclamações de vítimas relacionadas à falha na ignição a partir de 1º de agosto.
Em testemunho preparado para ser entregue ao Comitê de Comércio e Energia da Câmara dos Deputados, Barra também dirá que Kenneth Feinberg, que supervisiona a criação de um fundo de compensação, terá "total autoridade para estabelecer critério elegível para as vítimas e determinar os níveis de compensação".
Os defeitos na chave de ignição em modelos mais antigos -- como o Chevrolet Colbalt americano e o Saturns Ion, entre outros -- foram relacionados a pelo menos 13 mortes e provocou o recall de quase 3 milhões de unidades. Pela demora na condução do carro, a GM foi multada pelo governo americano em US$ 35 milhões.
Na segunda-feira (16), porém, a marca anunciou recall de mais 3,16 milhões de unidades por defeito similar: desta vez, Impala e Camaro estão entre os afetados pela falha na ignição.
Barra testemunhou em painel no Congresso início de abril e não pôde responder muitas das questões dos legisladores. Ela prometeu retornar após a conclusão da investigação interna da empresa. A executiva anunciou os resultados da investigação no início do mês, destacando uma série de falhas por funcionários da GM para levar a sério o problema na ignição, e prometeu melhorar as práticas e performance da companhia. Além disso, demitiu 15 executivos.
Foi comprovado que engenheiros e outros funcionários da GM sabiam dos problemas na ignição há mais de uma década, mas que as ações de reparo só foram iniciadas no começo do ano. O defeito pode levar os carros a se desligarem aleatoriamente, desabilitando airbags e causando mau funcionamento nos freios e sistemas de direção.
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