Picape da Mercedes, Classe X descarta versões flex e AMG e foca no diesel
Nada de versão esportiva AMG ou configuração de entrada com motor flex. A picape Mercedes-Benz Classe X vai canalizar sua força em versões mais classudas, sempre com motor a diesel.
É meta da marca alemã fisgar aquele motorista da fatia "premium" do mercado, cliente que sempre andou de sedã, SUV, crossover e até monovolume de luxo, mas nunca cogitou usar uma picape, mesmo precisando de mais espaço para carga em determinadas situações.
Profissionais liberais, comerciantes são o público mais fácil de elencar, mas a marca também quer atrair mulheres que buscam versatilidade -- e, detalhe, elas nunca haviam sido apontadas diretamente em apresentações de outras picapes.
Dessa forma, UOL Carros apurou que a Classe X que está sendo apresentada nesta semana à imprensa da América do Sul -- antes, havia sido lançada globalmente em julho -- usará apenas os motores turbodiesel no Brasil: de quatro cilindros (193 cavalos e 46 kgfm, original da Nissan Frontier) e seis cilindros (258 cv e 56 kgfm, já usado pelo GLE), sempre com câmbio automático.
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Sempre top
Serão preferidas as duas versões de acabamento de topo, Prestige e Power, com eixo traseiro multilink (suspensão independente multibraços) e eixo dianteiro do tipo duplo A, discos de freios sólidos e opções de sistema de tração 4Matic selecionável. A Mercedes afirma ainda que a versão Power terá suspensão retrabalhada (ou seja, diferente do projeto original da Nissan), visando maior performance.
Será como vender um SUV, mas com alta capacidade de carga. E será também uma forma de manter distância de todas as outras picapes do mercado, incluindo as meio-irmãs de projeto, Nissan Frontier e Renault Alaskan.
Nada de super-picape
O lado ruim da história, para quem é fã da mecânica da Mercedes-Benz e suas possibilidades, está no fato de que não haverá configurações de performance preparadas pela AMG.
Pode até haver Classe X com pacotes visuais, mas nada de picape esportiva. UOL Carros ouviu de Jorg Letzel, diretor de produtos da AMG, que não é viável usar a receita da divisão de performance na picape por conta do projeto ser da Nissan.
"Não cabe nosso V8 biturbo a gasolina ali, nem mesmo nossa preparação de subframes e suspensão", explicou o engenheiro. "Precisávamos desse produto, então a parceria foi uma solução eficiente e rápida", completou o executivo.
Fim da história?
Não... ainda que de forma muito distante: "A segunda geração deve ser desenvolvida aqui em casa e aí poderemos prever uma derivação de performance", afirmou.
Até lá, a Mercedes já espera ter definido que picape de luxo pode ser um sucesso...
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