Renegade flex e diesel duelam em asfalto e terra; qual vai melhor?
O Jeep Renegade é o único SUV compacto brasileiro a oferecer em sua gama uma configuração 4x4 com motorização a diesel, como opção ao tradicional motor bicombustível. Ela chama a atenção pelo apelo fora-de-estrada, além da força do motor 4-cilindros, 2 litros, de 170 cv de potência e 35,7 kgfm de torque, e da versatilidade da transmissão automática de nove velocidades.
Porém, o salto de preço entre o Renegade diesel e o 1.8 flex, de 132 cv e 19,1 kgfm, é grande. Na versão de entrada Sport, por exemplo, enquanto a configuração bicombustível com tração dianteira custa R$ 83.290, a 4x4 sai por R$ 109.990 oferendo pacote de equipamentos idêntico.
Vale a pena investir R$ 26.700 a mais só para ter um carro a diesel, em vez de um que consome etanol e gasolina? Para responder a essa pergunta, UOL Carros aproveitou o período de início de férias e fez um trajeto de 600 quilômetros, ida e volta, entre São Paulo e Paraty (RJ), usando duas unidades do Renegade Sport: uma 2.0 turbodiesel e outra 1.8 flex.
Padrão visual, de acabamento e de itens de série é idêntico, o que indica que o gasto extra não vai significar ganho em termos estéticos ou de equipamentos.
De série, os dois exemplares dispunham de rodas de liga leve aro 16, disco de freio nas quatro rodas, controle de estabilidade e tração, trio elétrico, ar-condicionado, direção elétrica, freio de estacionamento por botão, faróis de neblina, som com Bluetooth e entrada USB, volante multifuncional e painel com acabamento suave ao toque, além dos obrigatórios airbag duplo e ABS.
Na ida, passamos pelo famoso trecho Cunha-Paraty, que ainda contém alguns quilômetros de chão batido, para um off-road de nível intermediário. Momento de experimentar as credenciais "trilheiras" de cada um -- este também é um ponto usado pela Jeep para "diferenciar" a versão a diesel: será que ela realmente é mais versátil?
Na volta, optamos pelo trajeto mais urbano da Rio-Santos, emendando a subida da Serra do Mar pela rodovia Oswaldo Cruz.
Diferenças e semelhanças
Ter o fôlego extra do 2.0 turbodiesel ajuda em situações como uma subida intensa de serra. A tração 4x4, as suspensões elevadas em 1,2 cm também e os para-choques menos bicudos são bem-vindos em um percurso fora-de-estrada mais pesado, mas por isso entenda pesado de verdade, o que não foi o caso da viagem.
A configuração flex andou sempre bem perto da diesel nas partes de barro úmido entre Cunha e Paraty -- a estrada toda está sendo reformada e passará a ser só de asfalto e paralelepípedos num futuro breve --, o que significa que é possível encarar trajetos simples de chão batido sem receios com qualquer uma.
Câmbio automático de seis marchas da variante flexível não é tão esperto quanto o de nove, claro, mas está adequado à média do segmento, que conta com opções CVT (Honda HR-V e, em breve, Nissan Kicks), automatizada de dupla embreagem (Ford EcoSport) e até automática de quatro velocidades (Renault Duster).
Vale o preço?
Curiosamente, era a configuração flex do Renegade Sport a que contava com itens a mais: teto solar panorâmico (R$ 6.800) e barras longitudinais de teto (R$ 900). É o que suscita novamente a dúvida: vale mesmo assinar um cheque R$ 26.700 mais caro só pelo diesel?
Não seria melhor gastar essa diferença com os dois opcionais já citados mais uma central multimídia com tela tátil de 5 polegadas (R$ 3.450)? Daria R$ 11.150 a mais que a etiqueta inicial, mas ainda sobrariam R$ 15.550 no bolso.
Respondendo à questão: se você é um estradeiro convicto, gosta de viajar frequentemente e de andar sobre lama pesada, então aposte no Renegade 4x4 diesel.
Agora, se o uso é mais urbano, com uma outra aventura off-road mais leve, a configuração de 1,8 litro vai atendê-lo sem problemas.
A força do turbodiesel é muito maior, mas a configuração flex roda bem a partir da velocidade de cruzeiro nas rodovias. Pesa mais, para o flex, arrancar e sair rapidamente do zero, mas ninguém precisa de performance em vias urbanas a bordo de um SUV, precisa? Se fizer questão, de novo, a escolha será o diesel.
Em nossa viagem o Renegade Sport diesel ofereceu autonomia de 10,5 km/l para um tanque de 60 litros, o que permitiu ir e voltar com uma parada breve no posto apenas para evitar ficar na reserva. O Sport flex, por sua vez, obteve média de 7,6 km/l e rodou cerca de 400 km até precisar reabastecido. O ar-condicionado esteve sempre ligado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.