Com fábrica, Evoque e Discovery brasileiros chegam até agosto
Pouco mais de três anos se passaram após o anúncio, em dezembro de 2013, mas a promessa foi cumprida: a Jaguar Land Rover inaugurou, nesta terça-feira (14), sua primeira fábrica no Brasil.
Localizada em Itatiaia (RJ), no Vale do Paraíba -- onde já estão instaladas Nissan, PSA e MAN (caminhões) --, a unidade começa a entregar as configurações nacionalizada de Ranger Rover Evoque e Discovery Sport a partir deste mês.
O primeiro modelo a chegar às lojas será o Evoque. A prioridade foi determinada porque, à época da decisão, o crossover premium liderava as vendas do grupo.
Entretanto, o que se vê em 2016 é uma inversão de papeis: enquanto o Discovery Sport vem emplacando cerca de 370 unidades ao mês, o que perfaz 4.400 ao ano, o Evoque sofre para chegar a 180, que totaliza menos de 2.200 em 12 meses.
Mesma base
Ambos já estão sendo montados desde o primeiro trimestre deste ano, em sistema CKD (peças chegam prontas de fora e são só montadas localmente). Um primeiro lote com 30 Evoque já foi às lojas. O Discovery começa a ser distribuído até agosto.
Além de compartilhar base, os utilitários dividirão também motores: 2.0 a gasolina, quatro cilindros, com turbo (240 cv de potência e 34 kgfm de torque); ou 2.0 turbodiesel, também de quatro cilindros (190 cv e 42,8 kgfm). A transmissão é sempre automática de nove marchas da ZF.
Para o Evoque, a expectativa é que as versões mais vendidas sejam em sua maioria a gasolina. No Discovery, a versão a diesel deve ser a mais procurada.
Preços não devem mudar de patamar se comparados ao dos carros importados: enquanto o Discovery Sport parte de R$ 212.496 (gasolina) e R$ 230.196 (diesel), o Evoque começa em R$ 224 mil e R$ 244.600, respectivamente.

Instalações
Para fazer os modelos em Itatiaia, o grupo investiu R$ 750 milhões para preparar um terreno de 60 mil metros quadrados. Nesta primeira fase do projeto serão contratadas 1.000 pessoas em toda a cadeia de produção.
Numa próxima etapa é esperada a expansão da autonomia de produção, com possível adoção da plataforma em alumínio que gera o sedã XE e o SUV F-Pace, ambos da Jaguar. A capacidade da fábrica é de produzir 24 mil carros/ano, em dois turnos -- neste primeiro momento, há um turno e ritmo de 12 mil/ano.
Também está nos planos a adoção de variantes flex dos propulsores da família Ingenium, atualmente usados somente no F-Pace, mas que devem aos poucos migrar para toda a gama.
Tudo isso, porém, deve ficar para 2018 -- assim como a ideia de ampliar a fábrica e transformá-la em um pólo de exportação. Mas estes são planos futuroes que dependem diretamente de como estará o nebuloso cenário do mercado brasileiro.

27 Comentários
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Mtaaaa safadeza da empresa ñ diminuir os preços já q os impostos diminuíram simmmm srs. Mas eh a típica safadeza q tdas as outras tbm fazem... Eh um completo absurdo embolsarem essa diferença td, e isso precisa acabar!
O Brasil eh um "desastre" pros empresários msm, nossaaa... Pq será então q essas montadoras continuam aki?! Recebem vários incentivos fiscais federais, estaduais e municipais; dinheiro a juro subsidiado do BNDES; mercado cativo, fechado, pra produtos importados, sem concorrência efetiva como em outros lugares; recebem até o terreno de graça pra construírem suas "fábricas", pagam no máx. 4 sál. mín. pra 70% do empregados... Tem mta coisa errada na política econômica, fiscal, tributária do gov. brasileiro, mas há tbm um protecionismo EXACERBADO por nesse país, onde quem monta qq coisa nesse país quer ganhar 100% nakilo q comercializa, ganhando muito em poucas unidades comercializadas, enquanto lá fora, ganha se pouco em cima de cada unidade mas vendendo milhares/milhões delas... Essa eh a real diferença entre um capitalismo de fachada (Brasil) e o de verdade (exterior).