Sandero RS é bonito e forte... sem deixar de ser Sandero; assista
Parecia brincadeira quando fontes da Renault liberaram as primeiras informações sobre a versão preparada pela divisão esportiva RS do compacto Sandero, usando materiais mais leves para chassi e trem-de-força do Duster. Todo o ceticismo foi derrubado durante o Salão de Buenos Aires 2015. O Sandero esportivo é real.
A marca francesa usou o evento argentino para mostrar, pela primeira vez sem camuflagens, o Sandero RS. Trata-se de uma versão verdadeiramente esportiva do compacto, e não uma mera derivação "esportivada", tal qual Ford Fiesta Sport ou Fiat Uno Sporting, por exemplo.
A fabricante se limitou a dizer que o modelo começa a ser produzido em São José dos Pinhais (PR) ainda este ano. UOL Carros apurou que o lançamento será feito antes da apresentação local da picape Duster Oroch, no máximo até setembro. O preço deve se aproximar da faixa dos R$ 60 mil, valor de carro médio.
Pinta de invocado
É preciso dizer que a Renault fez um trabalho realmente interessante com o Sandero RS, criado para suprir a ausência do Mégane RS -- originalmente escolhido para ser o esportivo "oficial" da montadora no país, o médio foi vetado por causa do preço e das limitações das cotas de importação.
O motor do Sandero será o Hi-Power 2.0 flex usado nas versões mais caras do Duster, recalibrado para entregar 145/150 cv de potência (gasolina/etanol); a transmissão também vem do utilitário: manual de seis marchas.
Com o trabalho da Renault Sport para reduzir peso, usando materiais mais leves, o esportivo ficou com 1.162 quilos -- o Sandero Stepway, por exemplo, pesa 1.145 kg carregando propulsor 1.6 e câmbio de cinco velocidades --, o que gera relação peso/potência de 7,74 kg/cv. Nada mau.
Rodas de liga leve aro 17, pintadas de preto e revestidas com pneus 205/45 da Continental, e freios a disco nas quatro rodas completam uma combinação que promete entregar velocidade máxima de 200 km/h, e aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 8,5 segundos.
Máscaras escurecidas nos faróis e lanternas, tomadas de ar maiores e com divisórias em losango na dianteira, grade faixa em preto piano, insígnia da versão abaixo do logotipo da marca e luzes de posição em LED formam decoração invocada por fora.
Humilde por dentro
O acabamento interior também tem traços esportivos: o preto e o vermelho predominam costuras e elementos de painel, câmbio, volante. Até a tela inicial do sistema MediaNav, já presente em sua versão mais moderna (e conectada), foi reprogramado para operar nessas cores. Destaque também para o revestimento exclusivo contendo bordada a inscrição "RS" nos bancos.
Mas não se iluda. Apesar de todas as modificações, o Sandero RS continua a ser... um Sandero. O excesso de plástico duro e o uso de tecido nos assentos tratam de acabar com os olhares surpresos e trazer de volta qualquer entusiasta à realidade. O banco traseiro segue espartano, como nas versões convencionais, ainda que os dianteiros apresentem laterais avantajadas para tentar segurar melhor o corpo de motorista e carona.
A promessa, de qualquer forma, é de um carro divertido. Pelo menos foi o que relatou Rubens Barrichello, atual embaixador da marca no país e que estava no estande durante a apresentação. Se o piloto recordista em GPs na F1, que já testou o Sandero RS, aprovou, não iremos discordar. Pelo menos até o test drive.
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