Jaguar F-Type Coupé vira assunto e imã de selfie nas ruas de São Paulo
A vida a bordo do cupê (cabine fechada) Jaguar F-Type é diferente daquela a que maioria da população brasileira está acostumada. Tudo muda antes mesmo de entrar no carro: onde quer que se estacione -- seja na garagem do prédio, do trabalho ou na rua -- haverá pessoas em volta do veículo para apreciar, tirar fotos, muitas delas procurando o escudo com o "cavalinho" da Ferrari... E sempre olhando para o dono com aquele olhar de dúvida: "esse cara é artista ou jogador de futebol?"
"Eu te conheço de algum lugar" foi uma frase ouvida a cada parada em local público. No trânsito, na fila do pedágio e no estacionamento do shopping, olhares dos curiosos, sorrisos dos mais experientes, "joinhas" dos mais jovens -- e alguns palavrões invejosos dos viciados em carro.
Para os mais aficionados: o F-Type que UOL Carros dirigiu é o sucessor do antigo E-Type, esportivo dos anos 1960 e 1970. O novo carro foi construído para recuperar fãs e clientes da divisão esportiva da marca e homenagear o clássico do século passado, considero por muitos (até por Enzo Ferrari, fundador da scuderia italiana) como o carro mais bonito de toda a história.
REALIDADE
Nem tudo, porém, é história ou alegria. Esse Jaguar custa, na versão testada (V8 R), impressionantes R$ 662 mil. Ronca alto como Ferrari, mas é concorrente de Porsche 911 (cerca de R$ 650 mil) e Audi R8 V8 (aproximadamente R$ 750 mil). O proprietário de um F-Type ainda deverá arcar com cerca de R$ 40 mil de seguro e R$ 26 mil de IPVA (sem contar a eventual blindagem).
Apesar de não concorrer diretamente com superesportivos de mais de R$ 1 milhão (Ferrari, Lamborghini), o cupê inglês tem números de desempenho respeitáveis: 0 a 100 km/h em 4,2 segundos e velocidade máxima de 300 km/h. Responsáveis por tal comportamento são o motor V8 5.0 Supercharged (aspirado), de 550 cavalos e 69,3 kgfm de torque, e a transmissão automática de oito marchas.
Além do preço salgado, o esportivo tem outro problema quando usado no Brasil: é dureza encarar buracos, valetas e lombadas; o parachoque raspa fácil, e qualquer tampa de bueiro vira uma cratera.
O consumo é praticamente insustentável: média de 4,7 km/litro em ciclo misto (cidade e estrada). Descendo a Serra do Mar, de São Paulo à cidade litorânea de São Vicente (SP), em oitava marcha, a 110 km/h e no modo econômico, o computador de bordo conseguiu registrar 11,5 km/l. Na subida, quase sempre em terceira marcha, o número caiu para surreais 2,8 km/l.
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