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Importadores de carros vendem 24% menos, mas esperam ter bom 2013

Do UOL, em São Paulo (SP)

20/02/2013 12h48

A associação que reúne as importadoras sem fábricas instaladas no Brasil, Abeiva, divulgou mais um balanço negativo nesta quarta-feira (20). De acordo com a entidade, a queda de vendas em janeiro foi de 24% na comparação com 2012. Em relação aos números finais de 2012 (dezembro), houve retração de 7%.

Segundo a Abeiva -- que representa marcas como as alemãs Audi e BMW, a americana Chrysler, a coreana Kia e as chinesas Chery e JAC, entre outras --, o recuo nas vendas fez a participação de importados "puros" no mercado cair de 4,5% para 2,9%. Analistas da entidade afirmam que a baixa poderia ter sido ainda maior se as marcas tivessem repassado o reajuste do IPI (que subirá gradualmente ao longo dos próximos meses) aos preços cobrados do consumidor.

Esta foi a mesma estratégia do restante do mercado. No caso das marcas têm fábricas, porém, o resultado foi infinitamente melhor e levou ao melhor janeiro da história.

No total, a Abeiva emplacou 8.617 unidades em janeiro, enquanto a Fenabrave (entidades dos concessionários, que divulga os números totais de emplcamentos) apontou um total de 296.853 unidades vendidas no mês.

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Apesar dos números negativos, a Abeiva salienta que ao considerar apenas o segmento de carros importados, a queda de 7% em relação aos dados de dezembro é melhor que a registrada pelas marcas que possuem fábricas no país, mas que também trazem modelos do exterior. Estas últimas registraram perda de 12,6% no período, levando em conta (é bom repetir) apenas as vendas de carros importados.

As marcas com fábricas locais ainda são responsáveis por 85,9% das importações, de acordo com cálculos da Abeiva, enquanto os importadores "puros" respondem por 13,5%. Na soma das partes, o total de carros importados em janeiro foi de 64.015 unidades.

E nem mesmo esta queda tira a previsão positiva por parte da entidade, que espera fechar 2013 com 150 mil unidades importadas -- se for concretizado, representará alta de 17% sobre 2012, quando as marcas representada pela Abeiva trouxeram 129 mil unidades ao país.  

A salvação deve vir do programa Inovar-Auto, o novo regime automotivo nacional, que deve beneficiar também os importadores que já anunciaram planos de investimento no país. "Sem aumento de IPI, os importadores terão preços mais competitivos, além de poder oferecer uma política comercial mais acessível ao consumidor brasileiro", aponta Marcel Visconde, vice-presidente da Abeiva. "Com isso, nossas vendas tendem a subir".