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Acordo para cortar emissões ameaça empregos na UE, diz presidente da PSA

Carlos Tavares Peugeot 3008 - Arnd Wiegmann/Reuters
Carlos Tavares Peugeot 3008
Imagem: Arnd Wiegmann/Reuters

Geert De Clercq

03/03/2019 17h11

Resumo da notícia

  • Carlos Tavares diz que legislação ameaça 13 milhões de empregos
  • Segundo executivo, regra sobre CO2 pode beneficiar os países asiáticos
  • No entanto, ele elogia plano de Alemanha e França de incentivar a indústria de baterias

Os planos da União Europeia de cortar as emissões de CO2 dos veículos e pressionar os fabricantes a aderirem às versões elétricas vão ameaçar 13 milhões de empregos na indústria automobilística europeia e beneficiar os países asiáticos, afirmou o presidente da francesa PSA em entrestiva ao jornal Le Figaro neste domingo.

O Parlamento europeu e os países da UE fecharam um acordo em dezembro para cortar as emissões dos carros em 37,5 por cento até 2030, comparado com os dados de 2021, e em 31 por cento das vans.

"Isso vai por em risco os empregos de 13 milhões de pessoas na indústria e pode desestabilizar algumas sociedades europeias", disse Carlos Tavares, CEO da PSA, que também é o presidente da associação de fabricantes de automóveis da Europa.

Tavares elogiou o plano de Alemanha e França de incentivar a indústria europeia de baterias para carros elétricos e de reduzir a dependência de rivais asiáticos ao propor a construção de novas fábricas. No entanto, ressaltou, algumas empresas como a Bosch estudarão o projeto e concluíram que não é lucrativo.

"Se as fabricantes europeias não venderem carros elétricos suficientes até 2020, 2025 e 2030, elas serão arruinadas pelas multas. Isso nos obriga a reservar um volume significativo de baterias com os fornecedores asiáticos", disse.