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Peugeot cai 9,8% na Europa e é salva por China e América Latina

Produção do hatch 208 ajudou Peugeot a aumentar suas vendas em 21% na América Latina, incluindo Brasil - Gonzalo Fuentes/Reuters
Produção do hatch 208 ajudou Peugeot a aumentar suas vendas em 21% na América Latina, incluindo Brasil Imagem: Gonzalo Fuentes/Reuters

Laurence Frost

De Paris (França)

08/07/2013 14h10

A PSA Peugeot Citroen anunciou nesta segunda-feira (8) que suas vendas globais de veículos caíram 9,8% no primeiro semestre, à medida que perdeu terreno em um encolhido mercado europeu. As perdas "em casa" foram parcialmente compensadas por ganhos na China e na América Latina.

As entregas do grupo Peugeot caíram para 1,46 milhão de veículos ante 1,62 milhão um ano antes, informou a fabricante. Na Europa, onde a demanda por carros novos encolheu 7%, as vendas da Peugeot caíram 13%, reduzindo sua participação no mercado regional para 12,1% ante 12,9% anteriormente.

As vendas na China aumentaram 32% no primeiro semestre para 278 mil veículos, o dobro da expansão do mercado, ajudadas pela demanda para a minivan Peugeot 3008, que registrou 25 mil entregas. A empresa planeja acelerar sua expansão chinesa no segundo semestre com o lançamento de novos modelos, como o compacto Peugeot 301 e o Citroen C-Elysee, bem como o requintado DS5.

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Na América Latina, as vendas subiram 21%, mais do que o triplo da expansão de 6% do mercado, ajudadas por fortes vendas do Peugeot 208. O carro compacto registrou vendas de 400 mil unidades globalmente no primeiro ano desde o seu lançamento.

"Nossa estratégia de desenvolvimento internacional para reduzir a nossa dependência da Europa está em andamento e funcionando", disse o chefe da marca Citroen, Frederic Banzet, a repórteres em uma teleconferência.

Mas o desempenho da Peugeot no exterior foi punido pela sua decisão no ano passado de suspender as vendas para o Irã, sob a pressão das sanções internacionais.

A Peugeot está entre as piores vítimas de uma crise do mercado de automóveis europeu que levou a uma perda líquida de 5 bilhões de euros (quase R$ 15 bilhões) e a um resgate da dívida apoiado pelo Estado em 2012, e corre para se expandir no exterior.