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Chevrolet Spin 2019 chega como símbolo de resistência aos SUVs a R$ 63.990

Chevrolet Spin 2019 tem cara nova: faróis espichados, capô redesenhado, grade côncava e para-choque com assinatura cromada em C no contorno daz luzes de neblina - Fernando Miragaya/UOL
Chevrolet Spin 2019 tem cara nova: faróis espichados, capô redesenhado, grade côncava e para-choque com assinatura cromada em C no contorno daz luzes de neblina
Imagem: Fernando Miragaya/UOL

Fernando Miragaya

Colaboração para o UOL, em Foz do Iguaçu (PR)

05/07/2018 10h15Atualizada em 05/07/2018 19h17

Sobrevivente do segmento de minivans, modelo da GM se renova para reafirmar proposta voltada ao espaço

Chamam-na de feia e desengonçada. Mesmo assim a controversa Spin vende aos montes, justamente por ser praticamente única em seu segmento. Mas a General Motors sabe que é hora de mexer no carro para que ele continue “cobiçado” e sendo uma opção interessante aos SUVs, principalmente entre taxistas e frotistas.

A linha 2019 da única minivan compacta sobrevivente do mercado vai além de mais versões e equipamentos. A GM já aprendeu que isso não basta no mercado -- não obstante, é a líder de vendas. Preços partem de R$ 63.990, com estreia de uma nova versão de entrada, chamada LS. Confira a lista de versões e etiquetas:

+Spin 2019 LS MT6: R$ 63.990
+Spin 2019 LT MT6: R$ 68.890
+Spin 2019 LT AT6: R$ 69.990
+Spin 2019 LTZ MT6: R$ 78.490
+Spin 2019 LTZ AT6: R$ 81.990
+Spin 2019 Activ AT6: R$ 79.990
+Spin 2019 Activ7 AT6: R$ 83.490 

Perceba que a Spin LT AT6 custa apenas R$ 1,1 mil a mais do que a mesma versão de acabamento com câmbio manual, para que possa se manter abaixo do teto de R$ 70 mil e, assim, atrair clientes PCD. Já as versões LTZ e Activ7 serão as únicas a oferecer sete lugares.

Chevrolet Spin 2019 traseira - Fernando Miragaya/UOL - Fernando Miragaya/UOL
Lanternas bipartidas horizontalizadas, inspiradas no Cruze, e reposicionamento da placa para a tampa do porta-malas são as principais novidades na traseira. Ah: pintura azul Caribe também é nova
Imagem: Fernando Miragaya/UOL

O que cada versão tem

Coisas que deveriam ser banais na indústria passam a ser de série na Spin em todas as versões: pontos de fixação Isofix para cadeirinhas infantis, encosto de cabeça e cinto de três pontos para o passageiro do meio, regulagem de altura dos faróis, repetidores de setas laterais e lanterna de neblina agora estão em toda a linha.

A debutante versão de entrada LS conta, ainda, com os seguintes equipamentos de fábrica: chave canivete; alarme; direção elétrica progressiva; ar-condicionado manual; regulagem de altura dos faróis; lanternas de neblina; volante com ajuste de altura; indicador de troca de marchas; grade com abertura ativa da tomada de ar; vidros e travas elétricos; banco do motorista com regulagem de altura; segunda fileira com banco corrediço e ajuste de inclinação do encosto de lombar; alerta de pressão dos pneus; rodas de aço com calota aro 15.

Versão LT passa a ser intermediária e acrescenta: retrovisores elétricos; sensores traseiros de estacionamento com gráficos; central multimídia MyLink com projeção de celulares; volante multifuncional; capa dos retrovisores externos na cor da carroceria; barras longitudinais de teto; rodas de liga leve aro 15; porta-malas com tampão. Configuração automática agrega ainda controle de cruzeiro, sistema OnStar e alerta de esquecimento de pessoas ou objetos no banco traseiro.

A LTZ conta com: faróis de neblina; luzes de posição em LED; grade, maçanetas e filete do para-choque traseiro cromados; faróis e limpadores de para-brisa com acionamento automático; computador de bordo; terceira fileira de assentos; rodas de liga leve aro 16; revestimento bicolor nos bancos e painéis das portas.

Por fim, a aventureira Activ tem como elementos exclusivos: molduras de plástico em para-choques e paralamas; frisos e estribos laterais; pneus de uso misto; barras de teto esportivas; acabamentos externos em cromo escurecido.

Sentiu falta de alguma coisa? Pois é: o modelo ainda não oferece controle eletrônico de estabilidade.

Chevrolet Spin 2019 painel - Divulgação - Divulgação
Interior teve mudanças mais discretas em relação ao lado de fora. Uma das alterações mais significativas foi a adoção do painel de instrumentos do Tracker
Imagem: Divulgação

Retoca daqui, retoca dali

Monovolume ganha ajustes também no conjunto mecânico e na suspensão. Aprimoramentos de certa forma necessários, já que a Spin mantém o cansado motor 1.8 4-cilindros flex de 111 cv da Família I, recentemente atualizado para o Cobalt. A transmissão automática de seis marchas foi recalibrada, com a sexta virando um overdrive e promessa de trocas mais ágeis e com menos trancos.

Suspensões (McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira) também passaram por nova calibragem, com acerto mais macio. Já a versão Activ perdeu, felizmente o "piercing" off-road: o estepe saiu da tampa traseira e foi para o assoalho do porta-malas, um ganho e tanto para o centro de gravidade do carro. Ainda assim, não se pode esperar nenhum tipo de revolução no comportamento dinâmico meio "banheira".

Na parte de desenho, como não dá para fazer milagres com o estilo bastante contestado, o jeito é dar aquele tapa no visual para melhorar a aerodinâmica. O capô está mais inclinado, enquanto a nova grade com barras horizontais e os faróis estreitos lembram as recentes reestilizações de Cobalt e Onixm, além do inédito Equinox.

Rodas passam a ser aro 15 ou 16. Na traseira, a janela tem contornos envolventes e foi colocado um esquisito spoiler superior. As lanternas foram alongadas e agora têm seções bipartidas, “para remeter a utilitários urbanos”, diz a GM, que ainda insiste em chamar o modelo de "crossover".

Só que a Spin é uma minivan e isso fica evidente nas alterações na espaçosa cabine. Além da opção de sete lugares para a aventureira Activ (que se chama Activ7 e ganhou como cor de lançamento um amarelo estridente bem questionável), a segunda fila de bancos agora é deslizante, em uma variação de até 11 cm.

Com a fileira toda avançada, a capacidade do porta-malas passa de 710 para 756 litros (sem a terceira ala de assentos, obviamente). Mesmo assim, a marca promete manter o bom espaço traseiro para os passageiros. Isso porque o encosto dos bancos dianteiros foram redesenhados para oferecer mais 2,6 cm de vão para os joelhos.

O quadro de instrumentos veio do Tracker, enquanto as saídas do ar-condicionado, o porta-luvas, a moldura da central multimídia e os comandos dos vidros, travas e retrovisores foram reposicionados. Há novos padrões de acabamento e revestimentos.