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Toyota prepara carros que "se conversam" para evitar acidentes em 2021

Autoridades dizem que comunicação entre veículos evitaria milhares de acidentes - Divulgação/Toyota
Autoridades dizem que comunicação entre veículos evitaria milhares de acidentes
Imagem: Divulgação/Toyota

Do UOL, em São Paulo (SP)

17/04/2018 13h18

Tecnologia já existe no Japão, mas depende de aprovação para ser validada nos EUA

A Toyota planeja vender nos Estados Unidos carros capazes de se comunicar entre eles a partir de 2021. Segundo a montadora, o contato (que seria realizado pela tecnologia de conexão de curto alcance sem fio) poderia impedir milhares de acidentes nas estradas.

A fabricante estima que a novidade estará pronta para equipar quase toda a linha de veículos vendida nos EUA a partir do segundo semestre de 2020. A Toyota, aliás, espera que outras montadoras adotem a mesma tecnologia posteriormente.

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Até hoje, nenhuma das tentativas de estabelecer uma comunicação entre carros deu certo. Em 2017, a General Motors começou a oferecer a tecnologia de interação entre veículos no Cadillac CTS, mas o modelo ainda é o único a sair de fábrica com este item.

Há uma década algumas montadoras já realizam testes com veículos que usam comunicação de curto alcance para transmitir dados como localização, coordenadas do trajeto e velocidade, a outros carros em um raio de até 300 metros de distância.

As informações são transmitidas até 10 vezes por segundo para outros automóveis, podendo identificar eventuais problemas no percurso e alertar sobre colisões iminentes, especialmente antes de passar por cruzamentos. Este recurso já foi aplicado em mais de 100 mil veículos desde 2015.

Menos acidentes

O órgão responsável pela segurança viária nos Estados Unidos (NHTSA) afirmou no ano passado que a regulamentação desta tecnologia teria um custo de US$ 135 a 300 por cada veículo novo, mas poderia impedir até 600 mil acidentes por ano, reduzindo os custos totais em US$ 71 bilhões por ano quando a tecnologia estiver presente em todos os carros novos.

Vale frisar que, em 2017, as maiores montadoras do mercado norte-americano se juntaram a autoridades estaduais para cobrar uma definição por parte da Secretária dos Transportes dos Estados Unidos, Elaine Chao.

Por enquanto, as autoridades afirmam que “ainda não tomaram uma decisão final” sobre a aprovação desta tecnologia, mas o veredicto deve sair antes de dezembro deste ano.