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Aventura de carro é feita com ou sem controle de tração: basta ter atenção

Serra do Rio do Rastro (SC): mais de 250 curvas e muito desafio nas viagens sobre rodas - Divulgação
Serra do Rio do Rastro (SC): mais de 250 curvas e muito desafio nas viagens sobre rodas
Imagem: Divulgação

Joel Leite, Amyr Klink

Colaboração para o UOL,

17/03/2018 08h00

Vencer curvas é desafio constante: com ou sem controle de tração do carro é preciso cuidado

O jornalista Joel Leite -- parceiro de UOL Carros com o Blog O Mundo em Movimento e diretor da "Agência AutoInforme" e do "Portal EcoInforme", voltado à sustentabilidade -- e o navegador Amyr Klink -- que tem mais de 30 anos de experiência fazendo roteiros de aventura extrema, dando palestras e escrevendo livros sobre o assunto. Ambos estão fazendo a expedição "Pra Lá do Fim do Mundo", de 18 dias a bordo de quatro unidades de modelos da Honda (que dá apoio logístico) por estradas de quatro países da América do Sul: dois WR-V e dois HR-V. A aventura toda é narrada diariamente no blog de Joel Leite, mas dicas exclusivas serão publicadas aqui em UOL Carros. Como esta: o que muda na aventura com carros por estradas mais desafiadoras para carros com ou sem controles como o de tração e/ou estabilidade? Você está convidado a ler e também a comentar!

Não deu para contar. Na verdade, perdemos a conta na décima terceira curva. Mas dizem os mais atentos aos números que a estrada que escala a Serra do Rio do Rastro tem 252 curvas (há quem diga que são 284...). Tantas esquerdas e direitas surgem em apenas 25 quilômetros. Uma média impressionante de dez ou onze curvas por quilômetro. Em seu trecho mais sinuoso, são 670 metros de variação de altura em apenas oito quilômetros.

Por aqui passava uma antiga trilha de tropeiros. No lombo de mulas e cavalos carregados de mercadorias, levavam uma semana para chegar ao topo do paredão de rocha basáltica. Paredão, diga-se, semelhante aos existentes na costa da África do Sul, o que serviu de evidência para a teoria de que no período jurássico os territórios do hemisfério sul formavam um só continente, o "Gondwana".

Hoje o zigue-zague pela Serra do Rio do Rastro é mais suave. A estrada, na verdade um trecho da rodovia SC-438, foi pavimentada em 1987 e conta com diversos trechos de concreto estriado, muito mais aderente que o asfalto convencional. As pistas são estreitas e há uma mureta baixa separando-as do precipício. Atenção máxima sempre.

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Nossa expedição -- cujo relato diário você pode conferir no Blog O Mundo em Movimento -- saiu de São Paulo e segue até Puerto Toro, vilarejo mais austral do planeta, experimentou o prazer de acelerar nesta estrada que liga os municípios de Lauro Müller, a 220 metros de altitude, a Bom Jardim da Serra, a 1.245 metros, em Santa Catarina. De tão bonita, a estrada virou atração turística. O visual a cada curva impressiona e, perigosamente, desvia a atenção do motorista. 

Para carro e motorista, desafio constante: em qualquer vacilo, entram em ação assistente de tração e estabilidade, se o seu veículo os tiver -- os auxílios estão disponíveis nos quatros carros da expedição, dois Honda WR-V e dois Honda HR-V.

A bordo deste último, simulamos uma perda de trajetória. Uma luz se acendeu no painel mostrando que o sistema entrou em ação e ajudou a corrigir e a manter o carro na linha. Mas desligar o sistema, por meio de um botão do lado esquerdo do painel, ou mesmo encarar a serra com um carro sem os equipamentos é certeza de ter uma condução mais esportiva. Mas também mais perigosa: num trecho como o da serra, é algo indicado somente para quem tem mais experiência.

Os "cotovelos" empurram a traseira do carro e é preciso uma correção no volante para manter o veículo em sua trajetória.

Do topo da serra, após uma hora ao volante, a paisagem é deslumbrante. Do mirante a 1.421 metros de altitude é possível avistar parte da subida e ver a beleza da serra catarinense e algumas das duzentas e tantas curvas vencidas. Uma vez lá em cima, pode-se pernoitar no Rio do Rastro Eco Resort, um charmoso conjunto de chalés visitado pela neve nos invernos mais rigorosos.