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Hyundai Veloster ganha nova geração para provar que é realmente veloz

André Deliberato

Do UOL, em Detroit (EUA)

18/01/2018 04h00Atualizada em 18/01/2018 14h13

Coreanos mantiveram polêmica, que também é marca registrada do cupê derivado do i30: a trinca de portas

(ATUALIZAÇÃO: AGORA TEMOS TAMBÉM ÁLBUM DE FOTOS)

Anos atrás, chegou-se até a anunciar que o polêmico Hyundai Veloster não teria uma segunda geração. Tudo isso é passado já que esta segunda aparição do modelo está aqui no Salão de Detroit aberto a todos. Mas a ideia da marca sul-coreana é acabar de vez com polêmicas e brilhar com um modelo realmente esportivo.

O Veloster segue como derivação cupê do médio i30. Segue com o "arrojo" da terceira porta. Mas agora se destaca pela nova traseira, musculosa e ainda mais invocada que a do modelo anterior. Na frente, o desenho é semelhante ao do novo i30, revelado no Salão de Frankfurt do ano passado, com faróis afilados e LED.

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Aerofólio destacado e novas lanternas realmente dão o tom para este novo modelo. A saída de escape continua posicionada de forma central e com ponteira dupla, mas agora isso faz sentido dentro das mudanças conceituais.

Quer mais um ponto que agora também faz sentido? Motorização. São três opções: a primeira é o 2.0 aspirado de 149 cavalos e 18,3 kgfm de torque, que acaba sendo a mais insossa; temos ainda o 1.6 turbo de 204 cv e 26,9 kgfm e o insano 2.0 turbo de 275 cv e 35,9 kgfm da divisão de performance "N".

As duas primeiras podem ser equipadas com câmbio manual de seis marchas ou automatizado de dupla embreagem, de sete. Já o Veloster N só sai de fábrica com a caixa manual, obviamente recalibrada para suportar força e potência superiores do motor maior. Em nenhum dos casos, porém, a Hyundai divulga os dados de aceleração.

Tecnológico e seguro

Várias novidades foram implementadas ao carro. Nas versões 2.0 de entrada e 1.6 turbo, há seletor de modos de condução, que altera as respostas do motor, câmbio e direção e ainda permite alterar o som do motor dependendo do tipos e proposta escolhida com três ajustes.

Na versão intermediária, esse programa ainda tem uma função "Overboost", que pode aumentar o torque de 26,9 para 27,9 kgfm.

Já na no Veloster N, o carro ganha vários recursos de downforce externos e alívio de peso, além de suspensões eletrônicas inteligentes.

Todas contam ainda com sistema de vetorização de torque, que atua diretamente no ESP para dar força às rodas mais necessitadas e realizar frenagens mais eficientes, aliviando essa mesma força quando houver necessidade.

Entre os itens de segurança, as três versões serão equipadas com seis airbags, assistente para permanência em faixa, sensor de fadiga e faróis direcionais inteligentes. Aqui nos EUA, camera-de-ré e frenagem automática são itens obrigatórios e também estão presentes no modelo.

No interior, também redesenhado, porém totalmente ligado à esportividade e sem muito conforto, o carro ganha tela tátil de sete ou oito polegadas, dependendo da versão, mas sempre compatível com Android Auto e CarPlay.

Hyundai Veloster N - Carlos Osorio/AP Photo - Carlos Osorio/AP Photo
Versão preparada pela divisão de desempenho N chega perto de 300 cv e quer peitar o Golf GTI
Imagem: Carlos Osorio/AP Photo

E o Brasil?

Durante a apresentação do modelo, executivos da marca disseram que a nova geração começa a ser feita na Coreia em março e tem previsão de chegar ao mercado norte-americano até o final deste ano.

Para o Brasil, por enquanto, não há qualquer tipo de confirmação de chegada para o novo Veloster, mas a Caoa, importadora oficial da Hyundai, não descarta sua importação e admite que o modelo está em fase de "estudo".

Todo mundo deve lembrar do histórico do Veloster no país: bombou de audiência em 2011, com mais de 5 mil unidades encomendadas em regime de pré-venda, com direito muita propaganda, ágio mas também comentários ácidos em fóruns. 

Esse "ibope" todo tratava tanto do design agressivo e pioneiro do carro, quanto da decepção de alguns compradores com o motor 1.6 aspirado (há até histórico de ação contra a revenda) que acabou compartilhado com modelos menos ágeis, como o próprio compacto da marca, o HB20. A revista "Fullpower" chegou a colocar o carro no dinamômetro para aferir a real potência (reveja a história nesse link).

Esse "bullying" não ocorreu só no Brasil: a mesma fama de "lerdo" fez a marca apressar o lançamento de uma versão Turbo no exterior e rendeu as tais declarações que poderia não haver nova geração. Tudo passado, espera-se.

* Viagem a convite de Ford e GM.