Ex-executivo da Volkswagen nos EUA é condenado a sete anos de prisão
O ex-gerente responsável pelas inspeções ambientais dos veículos da Volkswagen nos Estados Unidos, Oliver Schmidt, foi condenado nesta semana a sete anos de prisão pela Justiça americana. Ele se tornou o segundo ex-executivo da empresa a ter uma sentença definida por participação no dieselgate, escândalo de fraude nos dados de emissões em motores a diesel.
Sean Cox, juiz responsável pela condenação, descreveu Schmidt como "conspirador-chave" na fraude. "Estou certo, com base no bom senso, de que você enxergou esse encobrimento como uma oportunidade para brilhar, a fim de subir na escada corporativa da Volkswagen", afirmou o juiz na decisão. "Seu objetivo era impressionar as chefias superiores."
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Schmidt, de 48 anos, foi preso em janeiro deste ano no aeroporto de Miami, quando tentava voltar à Alemanha após uma temporada de férias nos Estados Unidos. Em agosto, perante a Justiça, ele se declarou culpado da acusação de conspiração para defraudar as autoridades.
"Pela interrupção da minha vida, eu só posso culpar a mim mesmo. Eu aceito a responsabilidade pelo erro que cometi", afirmou Schmidt ao juiz. "A Volkswagen estava trapaceando há quase uma década. Eu não fiz [nada para mudar] isso e é por isso que me encontro aqui hoje", segue.
Entretanto, Schmidt também culpa a própria Volkswagen por tê-lo colocado na atual situação. "Devo dizer que sinto que minha própria empresa fez mal uso de mim", escreveu o condenado em carta ao juiz.
Antes de Schmidt o engenheiro James Liang foi sentenciado, em agosto deste ano, a 40 meses de prisão e pagamento de uma multa no valor de US$ 200 mil pelo mesmo caso.
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