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Chevrolet Prisma é conectado, Nissan Versa, espaçoso; quem vence? Assista

Leonardo Felix<br>Eugênio Augusto Brito

Do UOL, em São Paulo (SP)

16/06/2017 17h35

Dois sedãs compactos e suas versões de topo. Qual é o ideal?

Duas soluções atraentes para o bolso de casais ou pequenas famílias: sedãs compactos completinhos, Nissan Versa Unique e Chevrolet Prisma LTZ. Qual deles se sai melhor em um duelo?

O exemplar do Prisma utilizado por UOL Carros neste embate tem transmissão automática de seis marchas e preço sugerido de R$ 67.050. Quem está à procura de espaço não vai se satisfazer tanto assim. Baseado no Onix, sedãzinho oferece dimensões relativamente acanhadas: 4,28 metros de comprimento, 2,53 metros de entre-eixos, 1,71 m de largura e 1,48 metro de altura. Falta amplitude no modelo da GM, em especial para as pernas.

Já o Versa, que parte de R$ 67.990 na versão Unique com câmbio CVT, se mostra ideal para quem precisa de conforto e boa área interna, por ser maior, alto e 7 cm mais comprido em entre-eixos, apesar de 1 cm mais estreito (são 4,49 metros de comprimento, 2,60 metros de entre-eixos, 1,70 m de largura e 1,51 metro de altura).

Equipamentos

Ergonomia não o ponto forte do Prisma: bancos são revestidos em tecido, possuem talhamento simples e ainda não oferecem ganchos para cadeirinhas infantis, cinto de três pontos nem encosto de cabeça em todas as posições. Azar de quem viajar sentado na posição traseira central. Modelo compensa tais ausências com um porta-malas generoso (fruto de um projeto com linhas ascendentes e terceiro volume alto): 500 litros de volume, contra 460 do Versa. Outro ponto positivo: a cesta de equipamentos é ligeiramente mais recheada que a do rival japonês.

De série a versão LTZ traz vários itens inexistentes no Versa, tais quais: faróis e lanternas de neblina; luz de posição em LED; chave canivete com abertura e fechamento remoto de vidros, travas e porta-malas; vidros elétricos com um-toque e sistema antiesmagamento em todas as posições; monitoramento de pressão dos pneus; sensores traseiros de estacionamento; controle de cruzeiro; central multimídia com projeção de celulares (Apple CarPlay e Android Auto) e sistema OnStar.

Por baixo

Motor do Prisma é o velho conhecido 1.4 SPE/4 de 98/106 cv de potência e 13/13,9 kgfm de torque (gasolina/etanol). Não proporciona nenhum arroubo de força, mas possui desempenho honesto. O bom câmbio automático de seis marchas ajuda a conter os giros e o consumo (estimado em 11,9 km/l na cidade com gasolina, segundo o Inmetro), e só não é melhor porque a opção de trocas manuais é oferecida por meio de botões nada ergonômicos no flanco esquerdo da manopla.

O Versa tem motor de 1,6 litro com bloco de alumínio e comando de válculas variável, capaz de render 111 cv e 15,1 kgfm de torque com os dois combustíveis, números sempre superiores aos do Prisma. Aliado ao CVT, oferece ótimo conjunto na cidade. O consumo dos dois durante a avaliação de UOL Carros foi bem próximo.

Racional

O Versa tenta compensar o acabamento menos caprichado e a falta de conectividade (há uma tela multimídia central, mas não como a Mylink da Chevrolet) com bancos de couro, ar-condicionado digital e o silêncio a bordo -- essa percepção causada pela acústica superior se deve, em grande parte, ao câmbio CVT, que não tem trancos de trocas de marcha.

O Prisma tem visual mais bem resolvido e quer conquistar quem se importa mais com estilo, soluções "moderninhas" e conectividade do que com conforto e espaço. O ponto é: quem pensa assim precisa de sedã? No detalhe, racionalmente, o Versa leva o duelo.