Porsche 911 GT2 RS 2018, de mais de 700 cv, surge em evento de games

Você já deve ter lido algum texto por aí pregando, com um ar nostálgico e pessimista, que "os jovens de hoje não ligam mais para carros, como faziam os de antigamente". Puro desconhecimento: os jovens atuais precisam de ações mais interessantes e menos óbvias, precisam de carros e fabricantes mais integrados. É o que mostra uma estratégia que não é mais novidade, mas que acaba de se repetir nesta tarde de domingo: um supercarro foi lançado não em salão do automóvel, mas numa feira de videogames. Estamos falando do Porsche 911 GT2 RS.

Versão hiper-anabolizada do 911 Turbo, o 911 GT2 RS subiu ao palco da conferência da Microsoft e de seu novo aparelho, o Xbox One X. Literalmente, será carro-chefe do jogo Forza Motorsport 7, que é um simulador de corridas. O supercupê alemão será a capa do jogo e também um dos principais carros da disputa digital.

Antes de aparecer no palco do evento, realizado em Los Angeles (EUA), o 911 GT2 RS era apenas uma especulação reforçada por alguns flagras de sites automotivos internacionais. Agora, o modelo ostenta tomadas gigantescas de ar no para-choque dianteiro, bem como fendas de respiro de freios e trem-de-força nas abas do para-lamas dianteiros e traseiros. Teto, capô, asa gigantesca e para-choque traseiro parecem ser feitos de composto leve, seja alumínio ou fibra de carbono (dependendo de cada peça).

Infelizmente, como o anúncio foi de outro produto, ainda não temos a confirmação de dados técnicos, algo que deve ocorrer nas próximas horas. O que se sabe, por ora, é o bólido deverá usar o mesmo motor 6-cilindros turbinado do 911 Turbo padrão, mas com mais de 700 cavalos despejados apenas sobre as rodas traseiras.

No 911 Turbo convencional, que custa mais de R$ 1,2 milhão no Brasil, o 6-cilindros de 3,8 litros rende 540 cv e 72,4 kgfm ("standard") ou 580 cv, 76,5 kgfm ("S").

Pode crer que cada jovem conectado e ligado em sucessos digitais vibrou com este Porsche, como qualquer jovem "de antigamente". E, melhor, poderá acelerá-lo (ainda que virtualmente) sem que precise assinar um cheque de sete dígitos, algo impensável em outra época -- ainda que, claro, seja mais emocionante acelerar de verdade.