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Ferrari lucra três Corolla a cada esportivo vendido; Porsche lucra um Onix

Porsche Panamera 2017 custa até R$ 981 mil no Brasil - Divulgação
Porsche Panamera 2017 custa até R$ 981 mil no Brasil Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo (SP)

21/03/2017 13h27

Cálculo é feito com base em estudo da agência Bloomberg

Um estudo da Bloomberg, baseado nas vendas totais e nos lucros informados pelas principais montadoras de automóveis nos seus balanços contábeis, aponta que, na média, cada carro vendido pela Porsche gera lucro líquido de US$ 17.250. São R$ 53 mil na conversão direta, equivalente ao preço de um Chevrolet Onix LT com pintura metálica, por exemplo.

Para se ter uma ideia, a Porsche, que pertence ao Grupo Volkswagen, vendeu 238 mil veículos da marca em todo o mundo durante o ano passado, ampliando sua participação em quase 15%. O lucro operacional foi de US$ 4,1 bilhões (aproximadamente R$ 12,6 bilhões).

Mas o desempenho nem se compara com o de outra marca do segmento esportivo de luxo: a Ferrari teve quase US$ 90 mil (R$ 276 mil) de lucro com a venda de cada unidade entregue em 2016. É o valor necessário para que alguém compre três unidades do novo Toyota Corolla GLi (R$ 91 mil cada)

Há dois detalhes: a fábrica de Maranello não produz mais que 8.000 unidades a cada ano; e 30% do lucro apontado inclui venda de acessórios, motores, suvenires e ingressos para o parque temático da marca em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Mesmo vendendo bem, a quantidade de esportivos entregues pelas marcas no ano passado em todo mundo é  inferior à soma das vendas no mesmo período dos dois automóveis mais emplacados no Brasil: Chevrolet Onix e Hyundai HB20: juntos, os hatches somam cerca de 275 mil unidades.

De acordo com o mesmo estudo da Bloomberg, a Porsche também vendeu menos que suas tradicionais concorrentes, Mercedes-Benz e BMW, e ainda assim lucrou mais: as duas rivais alemãs lucraram em média US$ 5.000 (R$ 15,4 mil) por carro vendido. Outro ponto: como o estudo faz a média global, não aponta o lucro exato das marcas para mercados como o Brasil, onde alguns modelos de Porsche e praticamente toda Ferrari vendida têm preços sempre compostos por seis dígitos.