Fiat Mobi 3-cilindros promete ser 1.0 mais econômico do Brasil; consegue?
Com muito atraso, versão Drive chega por R$ 39.870
A Fiat lançou na semana passada a versão com motor 3-cilindros do Mobi, batizada de Drive. A aposta é ousada: ser o carro 1.0 mais econômico do Brasil, superando até mesmo o todo-poderoso Volkswagen up! TSI, que tem turbo e sistema de injeção direta de combustível, dois fortes aliados na busca pelo melhor consumo. Isso, de fato, não ocorre: há empate técnico, com leve vantagem do Mobi automatizado.
Por iniciais R$ 39.870, o Mobi 1.0 Firefly de três-cilindros tem 77 cv e 10,9 kgfm de torque (3.250 rpm) com etanol (72 cv e 10,4 kgfm com gasolina). São números inferiores aos 105 cv e 15,6 kgfm do up! TSI e até mesmo que os 82 cv e 10,4 kgfm do up! MPI (aspirado). Lembre-se que o foco é economia, não desempenho.
É capaz de superar o rival da Volks? Segundo o Inmetro, os números são bastante próximos, com vantagem do automatizado da Fiat na estrada, mas dá empate técnico:
+ Mobi Drive manual: 9,6 km/l na cidade e 11,3 km/l na estrada (etanol); 13,7 km/l na cidade e 16,1 km/l na estrada (gasolina).
+ Mobi Drive Dualogic (automatizado): 9,8 km/l na cidade e 11,1 km/l na estrada (etanol); 14 km/l na cidade e 15,9 km/l na estrada (gasolina).
+ up! TSI manual: 9,6 km/l na cidade e 11,1 km/l na estrada (etanol);13,8 km/l na cidade e 16,1 km/l na estrada (gasolina).
+ up! TSI I-Motion: 9,6 km/l na cidade e 10,6 km/l na estrada (etanol); 14,2 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada (gasolina).
Como é isso na prática
Pelo barulho, a sensação é a mesma de guiar um HB20 ou up! com motor de três cilindros, embora a acústica interna desses dois seja bem superior -- ou seja, o modelo da Fiat tem cuidado inferior no acabamento. Apertado e simplório como o Mobi já se mostrou ser, mas com mecânica mais moderna e relacionada à sua proposta, é um carro agradável de se guiar.
Na mão de UOL Carros, o Mobi Drive registrou 23,3 km/litro no computador de bordo (com ar-condicionado ligado). Alguns jornalistas conseguiram atingir o pico de 31,3 km/l, mas em condições severas em que praticamente ninguém rodaria: ar desligado, quinta marcha e velocidade média de 40 km/h.
Ver o consumo médio melhorar no pequeno display digital do painel (de série no Mobi Drive) motiva e chega a ser empolgante entrar numa "gincana" pessoal para rodar de maneira suave e poupar cada vez mais combustível. Claro que nem todo mundo fará isso o tempo todo...
O que pode evoluir
Detalhes negativos relatados no lançamento do carrinho permanecem, até porque nada mudou além do motor: falta capricho no acabamento e motoristas com mais de 1,80 sofrem com o aperto da cabine, além de deixar o espaço traseiro praticamente nulo.
O preço também não é de encher os olhos -- de fato, é complicado pagar quase R$ 40 mil em um subcompacto de 77 cv. Quando comparado ao up! TSI, se nivelados em equipamentos, a proposta assusta menos: R$ 44.520 no modelo da Fiat, contra R$ 49.585 do Volks.
Outra novidade é a estreia (finalmente) do Live On, recurso que permite aos passageiros utilizar o celular como central multimídia. O dock da Fiat possibilita que o motorista use alguns apps com o carro em movimento: Facebook, Whatsapp e Waze, por exemplo, se o Live On estiver desligado.
Com ele ativo, restringe algumas funções por segurança e ainda permite comandos pelas teclas do volante. Ele se conecta ao Spotify, Waze, Google Maps e outros aplicativos e ainda oferece sistema de rádio, visualizador de fotos, acesso à internet e comandos de voz para ligações.
Visual segue polêmico: alguns acham simpático, mas muitos não gostam. UOL Carros já relataou cinco evoluções que ajudariam o Mobi a deslanchar em vendas. Duas delas, a do motor e da conectividade, certamente estão sanadas. Resta esperar pelas outras...
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