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Alaskan nasce para por Renault na briga de picapes em 2018

Eugênio Augusto Brito

De Envigado (Colômbia)

30/06/2016 16h55

A Renault se deu dois anos para entender direito o mercado de picapes com a Duster Oroch. Só após isso, em 2018, a marca vai lançar a média Alaskan no Brasil. O objetivo é, mesmo sendo novata, não fazer feio. Preço, design, oferta de equipamentos e pós-venda serão (e precisarão ser) atrativos até lá.

"Não seremos presunçosos de chegar depois e cobrar mais, nem temos a pretensão de chegar depois e vender mais", afirmou Olivier Murguet, chefão da Renault para Brasil e América Latina.

Antes, a Alaskan estreia ainda este ano na Colômbia, indo depois para Argentina e México. Murguet espera ter a picape mais inovadora no Brasil em dois anos e, assim, conseguir pelo menos 8% de participação inicial do segmento -- para comparar, a Oroch tem metade disso.

Pacote de ponta

A principal motorização será o 2.3 turbodiesel de 190 cavalos, usado na van Master europeia e na nova Nissan Frontier, uma prima-irmã da Alaskan que também será vendida no Brasil em prazo semelhante (antes, pode chegar importada do México em 2017 para conviver com a atual como "versão de topo").

Câmbios serão o manual de seis marchas ou automático de sete velocidades, com opção de tração 4x2 e 4x4. Existirá versões de cabine simples, dupla e até com portas suicidas, mas não espere ver essa última no país de forma tão simples e direta.

Câmeras 360°, chave inteligente e partida por botão, ar-condicionado de duas zonas, suspensão integral multibraços (cinco braços), conectividade e conforto para cinco pessoas serão destaques em relação às rivais.

Robustez, rodas aro 18, capacidade de carga de 1,1 tonelada, 3,5 toneladas de reboque e controle eletrônico do deslizamento de diferencial são itens semelhantes aos já oferecidos pela concorrência.

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Longa espera

Há uma vantagem para a Renault, que é o fato de compartilhar tecnologia, estratégias e custos de fabricação da Alaskan com Nissan e Mercedes-Benz. Todas farão seus produtos na mesma fábrica em Córdoba (Argentina).

Essa espera até 2018 certamente será um problema, já que as rivais já apresentaram suas armas e ganharam mercado com isso. Mas também não adianta entrar sem estar preparada, sobretudo em um segmento tão peculiar.

Assim, a Renault acredita que a maturidade a ser ganha em dois anos será fundamental e diz que quem topar esperar, verá.

Viagem a convite da Renault do Brasil.