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VW admite: controle de qualidade falhou em fraude de motores

Da EFE, em Wolfsburg (Alemanha)

10/12/2015 11h39

Os primeiros resultados da investigação interna da Volkswagen sobre a manipulação das emissões de óxido de nitrogênio em motores a diesel mostraram que "buracos" nos processos de controle de qualidade contribuíram para que houvesse má conduta e fraudes de alguns empregados.

A fabricante admitiu o erro em comunicado nesta quarta-feira (10). O presidente-executivo da montadora, Matthias Müller, disse em entrevista coletiva que a companhia "começará a implementar as soluções para o caso no começo de 2016", e que as autoridades europeias "avaliaram positivamente" as soluções técnicas para os clientes daquele continente.

A Volkswagen reconheceu que houve deficiências em processos internos de inspeção, o que favoreceu a falta de ética de alguns funcionários. Um exemplo foi a validação dos testes de certidão que afetam os dispositivos de controle do motor, os softwares que manipularam as emissões.

"O principal problema é que as responsabilidades não estavam suficientemente claras", concluiu a empresa.

A auditoria interna também encontrou deficiências em algumas áreas de infraestrutura de tecnologia da informação. "Introduziremos novos sistemas que permitam observar processos individuais com mais eficiência e transparência", garantiu a companhia.

O presidente do conselho de supervisão da Volkswagen, Hans Dieter Pötsch, afirmou que o grupo tem condições de reverter a crise de confiança gerada pelo escândalo. "A Volkswagen é completamente funcional, inclusive nestes dias turbulentos. Depende de nós, embora não só, como e quando resolveremos os desafios atuais", disse.