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Carros de família reagem aos SUVs com arrojo e tecnologia; assista

André Deliberato<br>Eugênio Augusto Brito

Do UOL, em São Paulo (SP)

26/11/2015 20h06

No ano em que mais se falou de SUVs entre os carros mais vendidos -- e badalados -- do país, duas novidades apareceram para mostrar que o segmento de modelos familiares pode e sabe como reagir para seguir vivo. São modelos mais caros, importados e que orbitam os R$ 100 mil, mas que funcionam como opção confortável, segura e tecnológica aos utilitários esportivos: Citroën C4 Picasso e Volkswagen Golf Variant.

Distintos no estilo -- um é monovolume, o outro é perua --, ambos disputam clientes das Classes A e B, levam até cinco pessoas com toda a bagagem e representam o que as respectivas fabricantes têm de melhor no país para colocar toda a família na estrada de uma forma clássica.

Muda tudo na Citroën

Basta olhar para o computador de bordo indicando consumo médio de 10 km/l (ou ainda melhor, se seu pé for menos pesado) para saber que algo mudou para melhor na nova geração do C4 Picasso -- só para lembrar, na anterior, a média nunca passava dos 5 km/l com gasolina. A proposta é atrair pela ousadia e pelo conforto. O design, que inaugurou o novo estilo da marca, chama a atenção nas ruas pelo fator "novidade". O espaço interno impressiona, tanto para quem vai nos bancos da frente (que contam até com massageadores e apoios de perna), como para quem fica nos de trás: a área para pés, joelhos, ombros e para a cabeça é ampla para todos os ocupantes, a cabine é arejada e iluminada (graças ao teto solar panorâmico e ao para-brisa avançado) e ainda há 537 litros no porta-malas.

Melhor: a nova plataforma média modular EMP2 da PSA deixou o monovolume mais leve, mais seguro e ainda permitiu fazer bom uso do motor 1.6 turbo (THP, estranhamente só a gasolina, já que a fabricante já usa a variante flex em carros vendidos no Brasil) e do câmbio automático de seis marchas. O resultado é um carro ágil e surpreende em estradas, apesar de ser mais pesado e lento que a perua do Golf, por conta do motor e do câmbio automático de seis marchas.

No Brasil, é o carro mais completo e gostoso de dirigir que a Citroën oferece e uma das melhores opções para uso familiar. Dá para dizer que é mais divertido estar com a família dentro dele do que na perua.

Conservadorismo alemão

A perua do Golf, que substitui a Jetta Variant, é menos ousada tecnologicamente e menos espaçosa que o carro francês, mas isso não quer dizer que não seja moderna ou arrojada. Há bom espaço para até cinco passageiros, porta-malas ainda maior (605 litros com os bancos traseiros levantados), excelente sistema de conectividade e recursos de conforto e segurança que impressionam, como o controle de cruzeiro adapativo (piloto automático que acelera e freia de acordo com o carro à frente).

Além disso, a posição mais baixa de dirigir e o câmbio de dupla embreagem e sete marchas, aliado ao motor 1.4 TSI de 140 cv e 25,5 kgfm de torque, fazem da Golf Variant um carro mais prazeroso de se dirigir em estradas, principalmente em trechos mais apertados e com curvas.

Ela também custa menos (parte de R$ 95 mil), mas só pode ser nivelada em termos de equipamentos ao carro da Citroën com pacotes opcionais que fazem seu preço subir para cerca de R$ 110 mil, o mesmo valor cobrado pelo C4 Picasso. Outro porém fica por conta da visibilidade limitada, por conta da baixa altura e posição mais baixa do condutor -- tudo isso fica muito bem em modelos dinâmicos e esportivos, mas contam negativamente quanto a pedida é viajar com familiares. 

Para saber mais detalhes sobre o C4 Picasso, clique aqui. Para conhecer tudo sobre a station wagon Golf Variant, clique aqui.