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Audi TT cobra R$ 100 mil a mais pelo charme que falta ao Golf GTI

André Deliberato

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

19/05/2015 18h10

Que o Golf GTI é um dos carros mais divertidos de se guiar da nova safra de esportivos que chegou ao Brasil, não há dúvida. Mas também é fato que o desenho do carro da Volkswagen não encanta: sobra racionalidade e esportividade, faltam ousadia e charme. Mesmo com todos os músculos da versão apimentada.

O Audi TT 2015, apresentado na última semana, pode ser considerado o toque de emoção que faltava aos fãs do GTI. O problema é pagar praticamente R$ 100 mil a mais. Enquanto um GTI custa a partir de R$ 110.570, o TT Attraction não sai por menos de R$ 209.990. Se compararmos as versões mais completas de ambos, o preço do Golf chega a R$ 150.490, enquanto o do TT (Ambition com pacote S-Line, idêntico ao das fotos no topo desta reportagem) sobe para R$ 229.990. Se dinheiro não for a questão, porém, o escolhido pode ser tranquilamente o Audi.

Há o status de trocar o equipamento Volkswagen pelo lado premium da Audi, embora a mecânica seja semelhante. Há ainda soluções que tornam o TT um carro realmente diferente de rivais esportivos de preço parecido, como, por exemplo, o... Chevrolet Camaro. A diferença de tecnologia é gritante.

Audi TT com faróis de gás xenônio (à esquerda) e com full-LED (à direita) - Arte UOL Carros - Arte UOL Carros
Audi TT com faróis mais simples de gás xenônio (à esquerda) e full-LED (à direita): pode parecer pouca coisa, mas a diferença visual é gritante na prática
Imagem: Arte UOL Carros

Interior revolucionário

O novo TT traz um conceito de cabine totalmente inovador para o Brasil: o quadro de instrumentos analógico tradicional foi substituído por uma tela digital de TFT de 12,3 polegadas responsável por exibir não somente os dados de velocímetro e conta-giros, mas todas as funções do sistema multimídia, incluindo os dados de condução e dinâmicos, controles do som, GPS e telefone.

O ar-condicionado é ainda mais hi-tech: pequenos displays digitais ficam posicionados dentro de roldanas ao centro das saídas de ar com formato de turbina. O ajuste e a indicação acontecem dentro de cada saída de ar. Dessa forma, o console central perde a tradicional tela colorida central vista em outros modelos e fica mais limpo. Abaixo, há apenas uma barra com comandos do controle de estabilidade, seletor de modos de condução, luz do porta-malas, sensor de estacionamento e do liga/desliga do sistema start-stop (que desliga o motor em paradas rápidas para poupar combustível), além do pisca-alerta. O volante pequeno de base achatada com "pegada de kart" é a cereja desse bolo.

Clique aqui para consultar a ficha técnica e ver a lista de equipamentos do TT.

Audi TT 2015 - Murilo Góes/UOL - Murilo Góes/UOL
Traseira mudou menos que o restante da carroceria e manteve o perfil de sempre
Imagem: Murilo Góes/UOL

E como anda?

Rodar com o TT é como guiar um Golf GTI, mas com mais disposição. Há ainda o grande diferencial de chamar mais atenção por onde passa, seja pelo visual ou pelo ronco invocado que sai do escapamento. Se a cor da carroceria for amarela, vermelha ou azul, o destaque será ainda maior.

Claro, é preciso andar como esportivo. Segundo a Audi, o 0-100 é feito em 5,9 segundos, com 250 km/h de velocidade máxima limitada eletronicamente. O TT ainda consegue ser abstêmio graças ao sistema start-stop e ao turbo. Ou seja, se você quiser pisar, o carro irá responder; se quiser rodar com calma, sem fazer a turbina entrar em ação continuamente, ele vai terá consumo de carro 2.0. UOL Carros rodou cerca de 70 quilômetros e registrou 9,2 km/l de gasolina, em circuito predominantemente rodoviário. O tanque do TT tem capacidade para 50 litros.