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Ford Ranger mostra visual atualizado e cabine mais conectada; Brasil espera

DO UOL, em São Paulo (SP)

23/03/2015 15h22

A Ford Ásia/Pacífico revelou nesta segunda-feira (23) atualização visual e de equipamentos para a picape média Ranger. A atual geração foi desenvolvida na Austrália, mas com o desmantelamento da produção da marca americana naquele país, coube às filiais de Tailândia, Malásia e China tocarem o projeto de facelift: como o processo é global, a evolução segue sem problemas.

A nova Ranger chegará ao mercado asiático a partir do segundo semestre, já como modelo 2016, com o mesmo visual do conceito de SUV Everest, mostrado como conceito há pouco mais de um ano. O Brasil recebe suas unidades da Argentina, e a fábrica de General Pacheco deve começar a produzir a nova Ranger apenas no começo de 2016. Ou seja, novidades locais devem aparecer em apenas um ano, possivelmente mais.

Colando na líder

Curiosamente, as mudanças frontais fazem a nova Ranger se aproximar da rival (e líder, no Brasil) Chevrolet S10 -- conhecida como Colorado em outros mercados.

A grade frontal de três lâminas dará lugar à boca em forma de hexágono, na qual as lâminas são apenas "citadas"; o conjunto óptico também será atualizado, sendo que o para-choque muda de formato, com nichos de luzes de neblina que lembram o da S10. Na traseira, pouco muda: há pequena atualização nos elementos da lanterna.

Principais alterações da Ranger 2016 estão na cabine: o ambiente segue mais rústico que o dos hatches e sedãs médios e grandes da marca, mas a tecnologia é similar, com nova versão da central Sync (comandos por voz para todas as funções de configuração, multimídia e telefonia, bem como opção de uso de apps de internet), novo painel de instrumentos e opções.

Mais urbana e antenada

Atualização deixará Ranger alinhada a modelos como Fusion e novo Edge, contando ainda com direção elétrica e auxílios eletrônicos para acelerar e frear (controle de cruzeiro adaptativo), trocar de faixa (sistema de ponto cego) e até para manobras de estacionamento.

O painel de instrumentos totalmente configurável também estará presente, bem como o sistema Sync 2 similar ao existente no Ford Ka, mas com tela sensível ao toque de alta definição, como apresentada pelo novo Edge; haverá maior conexão com celulares inteligentes e uso de apps ligados à internet. Ar-condicionado de duas zonas e câmbio automático de seis marchas em complemento ao manual (cinco ou seis marchas) fazem parte do pacote.

Nada deve mudar com relação a motores: no exterior, seguem em linha o 2,5 litro Duratec, a gasolina, bem como a linga Duratorq de 2,2 e 3,2 litros, a diesel. A novidade fica por conta da adoção de tecnologia start/stop (que desliga o motor em pequenas paradas), bem como remapeamento interno para pequeno aumento de potência e torque, com melhora na economia de combustível (até 18% no motor menor e 22% nos maiores).

No Brasil, a linha atual usa o Duratec de 2,5 litros, mas com opção flex (173 cv e 24,78 kgfm de torque com etanol), 2,2 a diesel (150 cv, 38,23 kgfm) e 3,2 litros a diesel (5-cilindros, com 200 cv e 47,92 kgfm). Os preços atuais partem de R$ 75.600 (cabine simples, flex, 4x2) e R$ 90.100 (cabine dupla, diesel, 4x4).