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S-Cross quer ser o modelo mais vendido da Suzuki; difícil é superar rivais

Nova geração do SX4, S-Cross tem ambição de ser best-seller da marca - Alessandro Reis/UOL
Nova geração do SX4, S-Cross tem ambição de ser best-seller da marca Imagem: Alessandro Reis/UOL

Alessandro Reis

Colaboração para o UOL

29/10/2014 21h23

Marca ainda modesta no mercado brasileiro, porém bastante conhecida por produzir modelos com vocação off-road, a Suzuki apresenta no Anhembi sua nova cartada, o crossover S-Cross. Ele chega ao Brasil em maio do ano que vem em quatro versões, tração integral ou dianteira, câmbio manual ou automático CVT e o mais importante: ambição para ser o carro mais vendido da Suzuki no país.

Os valores ainda não foram definidos, mas, de acordo com Renato Santos, diretor de planejamento e engenharia da Suzuki, o S-Cross vai ter faixa de preço semelhante à do Grand Vitara -- que custa de R$ 78.490 a R$ 104.290. Ainda de acordo com ele, o lançamento vai conviver, ao menos em um primeiro momento, com o SX4, a geração antiga do S-Cross, que ainda é comercializada por aqui.

Além da briga interna com dois modelos, o S-Cross ainda terá de desafiar modelos como Ford EcoSport (em versões mais caras), Mitsubishi ASX, Toyota RAV4, além dos novos Honda HR-V e Jeep Renegade.

O S-Cross pesa 1.135 kg -- mais de 400 kg mais leve que um Grand Vitara, o modelo mais vendido da montadora atualmente --, tem sistema de tração integral que, combinado com os controles eletrônicos de tração e estabilidade convencionais, consegue dar uma de oráculo e "prever" que o carro está para perder aderência, atuando com antecedência e reduzindo o risco de acidentes.

O motor é sempre 1.6 a gasolina de 142 cv -- o mesmo do hatch Swift.

GRAND VITARA
Se o S-Cross vai ganhar importância, o a nova geração do Grand Vitara deve ficar de lado. Apresentada recentemente no Salão de Paris, não foi sequer confirmada para o Brasil. A atual ganhou três novas versões -- uma delas é a Special Edition, que dispensa o estepe e, no lugar dele, traz um kit de reparo com compressor e selante líquido e também um sistema de monitoramento em tempo real da pressão dos pneus. No interior, tem bancos com acabamento em couro e camurça.

"A retirada do estepe resultou numa redução de 45 kg no peso total do Grand Vitara. Além disso, significa mais segurança, como trocar um pneu à noite na beira da estrada. A maioria dos vazamentos é lenta e gradual e o monitoramento da pressão dá um alerta a tempo de levar o veículo para reparar o pneu", explica o presidente Luiz Rosenfeld.

A montadora confirma que, em até dois anos e meio, iniciará a fabricação de mais um modelo em sua fábrica no Brasil, além do jipinho Jimny. Executivos fazem mistério sobre qual será esse carro, mas adiantam que não será o Swift Sport, recentemente relançado no Brasil e que vem mediante importação.

PEQUENINO
Por fim, a Suzuki mostrou carro-conceito que sintetiza muito bem o DNA da montadora japonesa: o pequenino Crosshiker tem suspensão elevada e, segundo a montadora, é capaz de fazer cerca de 30 km/l na cidade. O segredo para tamanha eficiência, segundo Rosenfeld, é o baixo peso. Com apenas 810 kg, acaba sendo mais leve que o finado Fiat Mille.

"Investimos na construção de automóveis com aços leves e rígidos para a redução do peso. Com isso, podemos usar motores e freios menores, ganhando eficiência energética semelhante à de carros híbridos, sem a necessidade de utilizar tecnologias mais complexas e caras", explicou o executivo.

Compacto e eficiente? Será essa a futura cria da Suzuki no Brasil? A ver.