Corvette 1979 volta ao dono 33 anos após ser furtado nos EUA
Julho de 1981. O então funcionário da GM George Talley, de Detroit (Estados Unidos), estaciona seu Chevrolet Corvette 1979 na avenida Jefferson, em frente ao seu apartamento. Horas depois, quando volta ao local, o muscle não está mais lá: havia sido furtado. Ele registra o caso na polícia, aciona o seguro, mas nem o ressarcimento da companhia consegue.
Junho de 2014. No dia 13, Talley recebe uma ligação inesperada da AAA (Associação Americana do Automóvel, na sigla em inglês): após 33 anos, quando já nem havia mais esperanças, seu Corvette havia sido encontrado em uma residência na pequena cidade de Hattiesburg, no estado do Mississipi, a mais de 1.500 quilômetros do local do furto.
O veículo só foi localizado porque o novo proprietário, provavelmente sem saber que adquirira um carro roubado, tentou registrá-lo no Departamento de Trânsito local. As autoridades verificaram que a numeração do chassi era a mesma de um outro Corvette 79 já registrado no país, o de Talley.
Tão impressionante quanto a descoberta do paradeiro é o fato de que o muscle ainda andava sem problemas, embora estivesse com o interior bastante avariado. "Quando recebi a ligação, disseram que o carro tinha 75 mil quilômetros [rodados] e estava funcionando perfeitamente", relatou Talley, atualmente aposentado.
CAMINHO DE VOLTA
Para voltar a ver seu muscle, George teria que arcar com os custos da viagem ao Mississippi para buscá-lo, mas não foi necessário: o vice-presidente de desenvolvimento de produção da GM, Mark Reuss, soube da história e convenceu a diretoria da marca a bancar o transporte do Corvette de volta a Detroit. Numa ação que demonstra a gratidão para com um antigo empregado, mas que também tenta melhorar a imagem arranhada pelo escândalo das ignições defeituosas, a fabricante promoveu nesta semana uma cerimônia de entrega do Corvette 79 ao seu dono original, há menos de cinco quilômetros do local do furto.
Talley, que é fanático pelo muscle da Chevrolet e tem outros três em sua garagem (um 1968, um 1986 e um 2011), não tirava o sorriso do rosto enquanto matava as saudades, mesmo com o estado ruim de conservação do interior (a GM, aliás, não manifestou intenção em ajudá-lo na restauração). O senhor de 71 anos sabia que, após mais de três décadas, seu velho amigo enfim poderia retornar ao lar.
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