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Brasil tem conversíveis para (quase) todos os bolsos e gostos

Eugênio Augusto Brito<br>André Deliberato

Do UOL, em São Paulo (SP)

26/02/2014 23h12

O Brasil é um "país tropical", tem "verão o ano inteiro", mas não queira ver a "hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor" dentro de um conversível, pois muitas irão dizer que sem "capota levantada pra ninguém nos ver" não vende.

UOL Carros fez uma seleção de 20 conversíveis à venda no Brasil neste momento. E consideramos apenas carros encontrados em concessionárias, nada de modelos fora de série, nem produzidos sob encomenda. São opções para diferentes bolsos, desde o classificado por sua marca como o "sem teto mais barato do país" até aquele ofertado como "conversível que pode ser usado no dia a dia do executivo".

Você pode até torcer o nariz para o estilo, mas quem "gosta mesmo é do movimento, cabelos ao vento" verá que opções não faltam.

PARA TODOS
Certo, não é barato ter um conversível e muitos dizem que a sensação de insegurança aumenta com a ausência do teto (UOL Carros nunca registrou qualquer problema técnico, social ou policial durante seus testes, vale registrar). Mas quem quiser curtir a sensação pode abrir mão de ter um hatch médio e "botar as mãozinhas para o ar" a bordo de um compacto premium descapotável.

Importado do México, o Fiat 500C (de cabriolet, modelo no qual apenas parte da cobertura -- de lona -- se recolhe, mantendo os arcos do teto) é a opção de menor custo: R$ 64.230, com IPI e câmbio de fevereiro. É também o único flex da lista: seu motor 1.4 rende 107 cavalos com etanol. E até setembro haverá ainda a configuração Abarth, com emblema do escorpião e motor de 162 cv.

Na outra ponta da lista, está o superesportivo Ferrari 458 Italia Spider, com etiqueta cheia de zeros à direita: R$ 2.100.000. A marca italiana, que também é gerida pela Fiat, já deixou claro que cobra caro para manter a exclusividade de seus modelos. São 570 cv gerados pelo motorzão V8, ao passo em que a capota é metálica, mas com a mesma rigidez estrutural do teto fixo do cupê, garantem os engenheiros.

Dá pra ter conversível com "motorzinho", caso do smart fortwo cabrio e seu 1.0 turbo a gasolina de 84 cv, a R$ 72.780. E também com motorzão: Audi R8 Spyder e Lamborghini Gallardo, dupla do Grupo Volkswagen, são fortalecidos pelo mesmo motor V10 aspirado (mas com calibrações diferentes).

Fato curioso número 1 sobre R8 e Gallardo: embora a base mecânica seja idêntica, o Lamborghini pede R$ 1,6 milhão para circular sem teto da sua garagem ao litoral, praticamente o dobro do valor do Audi, que custa R$ 825.300.

Fato curioso número 2: o cantor Roberto Carlos -- que já convidou: "entre no meu carro na Estrada de Santos" -- tem ambos na coleção.

FILHOTE
Se a exclusividade italiana ou a pegada alemã são excludentes para você, mas o fator novidade importa, a aposta pode ser o inglês Jaguar F-Type. O roadster (dois assentos, carroceria tomada pelo motor) é o mais recente representante do clube sem teto do Brasil (chegou no segundo semestre de 2013) e é o porta-voz da nova fase de estilo da marca.

Apontado como "acessível" pelo executivos da empresa, é um esportivo suave o suficiente e alto o bastante para ser conduzido sem sustos pela cidade. Mesmo na configuração mais potente, a V8 S (motor 5.0 V8, 495 cv e até rodas feitas de fibra de carbono) testada por UOL Carros, tem-se um carro sempre à mão e que sofre pouco com raspadas do assoalho (apenas a proteção aerodinâmica frontal, de plástico, tropeçou em obstáculos mais elevados) ou solavancos da suspensão (desde que com a programação Comfort acionada).

Doeu apenas lidar com o consumo de pouco mais de 3 km/l com gasolina premium (até R$ 4 por litro, na cidade de São Paulo). E com preço (R$ 608.900) e IPVA salgados: você leva um Fiat Palio Fire 2014 com troco (R$ 24.190) pelo valor do imposto (R$ 24.356).

Mas a fama instantânea da cor vermelho Salsa, que o fez ser confundido a todo instante com uma Ferrari, melhorou o ânimo. Bom ânimo e humor constantes, aliás, são preceitos para quem quer ter conversível no Brasil. Nem todos vão te xingar, como muitos ainda pensam, mas a maioria das pessoas encontradas pelo caminho vai querer bater papo com quem está a bordo. Pode ter certeza.