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Fiat agora é a única dona da Chrysler

Sergio Marchionne, chefão do grupo Fiat (com uma Ferrari no painel): agora vai, né? - REUTERS/Denis Balibouse
Sergio Marchionne, chefão do grupo Fiat (com uma Ferrari no painel): agora vai, né? Imagem: REUTERS/Denis Balibouse

Do UOL, em São Paulo (SP), com agências

02/01/2014 10h26

A montadora de carros italiana Fiat anunciou na quarta-feira (1) a conclusão de um acordo para adquirir a totalidade de sua parceira norte-americana Chrysler, da qual já controlava 60%.

Para assegurar os 100% de participação na Chrysler, a Fiat desembolsará US$ 3,65 bilhões, a serem pagos ao fundo de pensão do sindicato UAW (United Auto Workers), que detinha uma fatia da empresa desde que ela passou por uma reestruturação forçada após a crise financeira do final de 2008. Foi a solução encontrada para salvar a Chrysler -- o próprio presidente Barack Obama fez o anúncio do acordo, em 2009. (A General Motors, por sua vez, entrou em concordata e recebeu ajuda financeira do governo dos Estados Unidos, já ressarcida.)

Para Sergio Marchionne, chefão da aliança Fiat-Chrysler, o acordo permitirá "criar uma empresa automotiva global, com uma riqueza de experiências, opiniões e conhecimentos únicos no mundo, um grupo forte e aberto".

A compra da Chrysler faz parte de uma estratégia da Fiat para reentrar no mercado dos EUA, abandonado pelo grupo italiano no século passado e agora vital para a empresa num momento em que suas vendas na Europa vão mal -- o maior mercado da Fiat fora da Itália é o Brasil. Após a fase inicial do acordo, a Fiat passou a vender o Cinquecento em terras ianques, com relativo sucesso. Na outra ponta do negócio, carros das marcas do grupo Chrysler (Dodge, Jeep e Ram) ganharam acesso à Europa -- o 300C virou Lancia Thema, o Journey virou Freemont etc.

O acordo final de aquisição deverá ser concluído até o próximo dia 20, anunciou a Fiat. O grupo italiano controla também as marcas Ferrari, Maserati, Lancia, Alfa Romeo, Abarth (preparação esportiva) e Iveco (pesados).