Ford Mustang, 49 anos, é celebrado em Itu (SP); veja imagens exclusivas
Tudo começou em 1962, quando a Ford projetou o conceito Mustang 1 como modelo inspirado nas pistas de corrida e que serviria como prova de força da montadora; com design afilado -- lembrando carros dos desenhos da série "Speed Racer" -- o protótipo não vingou como carro comercial, mas deu o que falar. Dois anos depois, o mesmo nome, o emblema com cavalos galopantes e um ou outro detalhe surgiram num carro de produção. Era abril de 1964 e o primeiro Ford Mustang estreava já como modelo 1965.
Com ele, surgia também um símbolo da indústria automotiva americana: o segmento dos "pony cars" dava esportividade e brutalidade latentes ao comprador, com modelos de capô longo, motor gigante, cabine apertada e quase sempre desconfortável e traseira quase inexistente. Um sucesso, apesar da descrição negar qualquer chance de se ter um ambiente agradável a bordo. Chevrolet Camaro, Plymouth Barracuda, Chrysler Challenger e outros surgiriam como resposta ao Mustang.
Mesmo o nome era totalmente nacionalista, do ponto de vista americano: a relação mais óbvia é com a raça selvagem de cavalos, quase um símbolo do Oeste americano e do espírito aventureiro totalmente oposto ao ideal que se esperava até então de carros, com seu viés cada vez mais urbano; outra inspiração vem do avião-caça P51 Mustang, da Segunda Guerra Mundial.
Com 49 anos de estrada, com cinco gerações e 9,5 milhões de unidades vendidas pelo mundo, o modelo já está no ciclo de celebração dos 50 anos, que devem contar com o lançamento de nova geração -- será o modelo 2015 e, mantendo a tradição, pode e deve ser mostrado já em 2014.
OS MAIORES FÃS DA AMÉRICA LATINA
No Brasil, a celebração também está animada. No domingo (18), o Clube do Mustang de São Paulo realizou a nona edição do "Encontro Nacional de Mustangs", na cidade de Itu, no interior paulista. Trata-se do maior encontro da América Latina tendo o carro da Ford como tema.
Fundada em 2001, a agremiação está entre os trezentos fãs-clubes oficiais espalhados pelo mundo. No encontro, mais de cem exemplares de diferentes gerações, muitos deles em perfeito estado, com características originais preservadas. Há também, claro, modelos tunados e preparados. Pode parecer heresia, mas como performance (quase) sempre foi a proposta do Mustang (durante os anos 1970, no entanto, a crise do petróleo freou a sede e a potência do modelo), fica tudo em casa.
É bom lembrar que, apesar da paixão nacional pelo modelo, o Mustang não é vendido oficialmente pela Ford no Brasil -- os compradores importam os carros por conta. (Com Redação).
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