Citroën estreia em China e Rússia o sucessor do C4 Pallas no Brasil
O C4 Pallas, sedã médio da Citroën lançado em 2007 e hoje um fracasso nas lojas brasileiras, será substituído (possivelmente já em 2013) pelo C4 L, versão alongada do atual C4 sedã europeu destinada aos chamados "mercados emergentes".
UOL Carros crava a chegada desse novo três-volumes com base em informações colhidas nos corredores do Salão de Paris, nesta sexta-feira (28), e também após Ivan Ségal, diretor comercial da Citroën no Brasil, negar que o sedã Elysée (gêmeo do Peugeot 301), de menor porte e voltado a um público menos sofisticado, possa um dia ser vendido no Brasil.
"Nossa estratégia para o Brasil é manter a imagem premium da Citroën", disse Ségal. "Jamais venderemos lá um carro de R$ 29.900". A gama da marca no país começa com o C3, na vizinhança dos R$ 40 mil.
Como a Citroën quer deslocar cerca de 50% de suas vendas globais para fora da França, é óbvio que num mercado promissor como o brasileiro ela precisa de um sedã médio decente. O cansativo e cansado Pallas não cumpre mais esse papel (algo que Ségal admite, ainda que relutantemente).
PRESIDENTE EM TEMPOS DE CRISE
François Hollande (de óculos), presidente da França, chegou por volta de 16h (horário local) desta sexta-feira (28) ao Salão de Paris, que abre as portas ao público no sábado.
O socialista iniciou a visita pelo estande da Citroën (foto), onde observou alguns carros acompanhado de executivos da marca.
A França certamente não é o país mais atingido pela crise econômica europeia, mas as fabricantes de veículos locais amargam forte queda nas vendas, e seus trabalhadores já temem demissões em massa.
Este ano, até o final da 1ª quinzena de setembro, o Pallas emplacou no Brasil apenas 3.020 unidades (1,68% do segmento), segundo dados da Fenabrave (associação das concessionárias). É uma performance quase terminal: 13º lugar no segmento, perdendo até para importados de baixo volume, como o Mitsubishi Lancer. O líder entre os sedãs médios, o Toyota Corolla, vende 13 vezes mais.
No mesmo período de 2009, com cerca de dois anos no mercado, o Pallas emplacava 9.064 unidades (6,84% do segmento). A concorrência aumentou, e o sedã da Citroën ficou para trás. O hatch, um pouco mais vivo, também deve mudar no ano que vem.
ELE É LONGO
Com 4,62 metros de comprimento (ante 4,77 metros do Pallas) e acachapantes 2,71 metros de entre-eixos (igual ao do Pallas e 10 cm acima da média do segmento), o C4 L (de "longue", ou longo) vai estrear na China com duas opções de motorização: o THP de 1,6 litro, turbocomprimido, desenvolvido pela PSA em conjunto com a BMW, e uma unidade de 1,8 litro; o câmbio pode ser automático e sequencial de seis marchas.
Trazendo um visual mais ortodoxo que o do Pallas, e por isso mesmo menos enjoativo, o C4 L parece menor do que é. A cabine, no entanto, mostra do que é capaz um entre-eixos tão abundante. Não admira que o modelo tenha estreia marcada para a China, onde muitos dos novos proprietários de carro vão no banco de trás, pois simplesmente não sabem dirigir e contratam motoristas.
Salão de Paris 2012
$escape.getHash()uolbr_tagAlbumEmbed('tagalbum','57636', '')Viagem a convite da Anfavea
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