GM anuncia investimento de R$ 2 bilhões para fortalecer renovação de frota no Brasil
A General Motors do Brasil aproveitou a apresentação à imprensa de sua nova presidente, a americana Grace Lieblein, para confirmar que deve investir R$ 2 bilhões no Brasil ainda este ano para fortalecer a estrutura da marca Chevrolet e se preparar para novo ciclo de crescimento, que se tornou seu terceiro maior mercado mundial, atrás dos Estados Unidos (sede) e da China (maior mercado mundial de carros).
O presidente da GM para a América do Sul, Jaime Ardila, afirmou ainda que em 2012 a GM deve investir R$ 1 bilhão no Brasil depois de já ter adaptado suas fábricas para novos lançamentos. Os dois "cheques" fazem parte do montante que pode variar de R$ 5 bilhões a R$ 9 bilhões previsto para o período entre 2008 e 2012, ou seja, que já iniciou e ainda prevê novos investimentos até o final do próximo ano e que marca o processo de renovação do portfólio da marca da gravatinha dourada no país.
GM MOSTRA FORÇA AQUI E LÁ FORA
A nova presidente da GM do Brasil Grace Lieblein posa ao lado do conceito Chevrolet Cobalt, em apresentação à imprensa local
Grace Lieblein substitui a também americana Denise Johnson no cargo de de chefia da marca no país. Como a antecessora, é engenheira de formação e funcionária de longa data dentro da empresa -- desde 2008, a executiva chefiava a filial mexicana da empresa.
Johnson foi a primeira mulher a ocupar o quadro de presidência de uma fabricante de automóveis, tendo como missão mudar o rumo da marca no país. Acabou, no entanto, deixando o comando da empresa de forma inesperada (veja link abaixo). Lieblein assume a cadeira tendo o mesmo propósito em vista, mas com a rota mais certa.
Além do Brasil, a GM deu mostra de força nos EUA, com impacto direto na Europa. Em reunião com a liderança do sindicato e de trabalhadores da fábrica de Detroit-Hamtramck, o presidente mundial da marca Dan Akerson (foto acima) falou duro: o gigante americano não vai vender seu braço europeu, a alemã Opel.
A fala do presidente chega para tentar conter especulações de que a Opel voltaria à prateleira após tentativa frustrada de venda no último ano. A GM pós-crise se livrou, vendendo ou encerrando, marcas deficitárias.
Outra de suas subsidiárias, a sueca Saab, porém, voltou à entrar em crise após ser negociada.
A ação necessária e esperada prevê um total de nove lançamentos até 2012: em 2008 houve a chegada do Agile; na última semana, provocou a morte do Vectra (carrocerias sedã e hatch) a ser substituído pelo Cruze (o sedã chega em setembro, deixando o hatch para o final do ano) e ainda deve provocar a troca (ou ao menos rebaixamento de status) da picape média S10 por outra mais atual (o conceito Colorado, apresentado nos salões de Bancoc, na Tailândia, e de Buenos Aires, na Argentina, já está no Brasil).
A velocidade da troca de linha também inclui que os sedãs Corsa e Astra devem ser aposentados em breve, dando lugar ao Cobalt (o conceito do novo sedã compacto premium também está entre nós). Por fim, espera-se o lançamento de uma nova família de compactos, muito provavelmente para ocupar o lugar da dupla Celta/Prisma, a serem fabricados na unidade de Gravataí (RS), até 2013.
REFORÇO CONTRA ORIENTAIS
Para os próximos cinco anos após 2012, a empresa está trabalhando para entrar em novos nichos de mercado, reforçar a presença no segmento de caminhões e enfrentar a chegada de rivais asiáticos no país.
"O nível de investimento vai ter de continuar alto no Brasil. Estamos nos preparando para um novo ciclo", disse Ardila, evitando dar detalhes sobre o nível de recursos que a empresa vai aplicar no país.
O executivo apresentou Grace Lieblein, que comandou por dois anos a operação mexicana da companhia antes de assumir a GM brasileira, terceira colocada em vendas no mercado nacional, em junho.
Na coletiva, Lieblein e Ardila apresentaram dois veículos-conceito, o sedã-conceito Cobalt e a picape Colorado Rally Concept, desenvolvidos em parceira do centro de tecnologia da companhia em São Caetano do Sul e de outras unidades ao redor do mundo. Os carros fazem parte da estratégia enumerada no começo desta reportagem, mas os executivos evitaram dar mais detalhes sobre eles.
Ardila afirmou que a GM está "estudando seriamente" retomar vendas de caminhões no Brasil depois de ter deixado de atender o segmento no início de 2000. Entretanto, o executivo comentou que os planos não envolvem a construção de uma fábrica nova, já que a empresa pode aproveitar linhas produtivas que já possui no país.
Segundo Ardila, a GM trabalha com um horizonte de três anos para começar a vender caminhões no Brasil, engrossando uma lista de montadoras que incluem Scania, Volvo, Mercedes-Benz e Ford, Volkswagen e também a chegada dos chineses ao segmento.
Com informações da agência Reuters
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