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Captiva 2011 tenta reunir conteúdo e 'consciência ambiental'

Bom conteúdo e menor consumo: eis as armas do Chevrolet Captiva para 2011 - Murilo Góes/UOL
Bom conteúdo e menor consumo: eis as armas do Chevrolet Captiva para 2011 Imagem: Murilo Góes/UOL

RODRIGO LARA

Colaboração para UOL Carros

25/02/2011 18h47Atualizada em 25/02/2011 18h47

Dentre os veículos da linha Chevrolet comercializados no Brasil, o SUV Captiva se destacou, desde seu lançamento, pelo conteúdo oferecido. Essa característica é uma das principais responsáveis pelas 35 mil unidades vendidas -- um bom número, se considerarmos que trata-se de um veículo de quase R$ 100 mil -- desde 2008, quando o carro chegou por aqui. O modelo 2011, apresentado à imprensa nesta sexta-feira (25) pela General Motors, já vendeu 1.939 unidades.

A nova linha quis manter o bom recheio do utilitário esportivo e atacar um de seus pontos críticos: o alto consumo. A solução encontrada pela GM/Chevrolet para o problema foi reduzir o tamanho de um dos motores da linha, no caso o 3.6 V6, e tornar os propulsores mais eficientes, por meio do uso de injeção direta de combustível e comando de válvulas variável. Com isso, o Captiva 2011 é oferecido com motores 2.4 e 3.0 (também V6), em três versões, duas com tração 4x2 e uma AWD, com quatro rodas motrizes controladas sob demanda.

Seguem os preços das versões:

Captiva 2.4 Sport Ecotec 4x2 -- R$ 90.229
Captiva Sport V6 3.0 4x2 -- R$ 96.774
Captiva Sport V6 3.0 AWD -- R$ 100.774


Todas as versões do Captiva deixaram de lado o tom caramelo dos bancos e adotaram o cinza escuro. A medida, segundo a fabricante, torna sujeiras menos aparentes e agrada mais ao gosto do brasileiro. A linha também passa a contar com freio de mão elétrico, acionado por meio de um botão. A iluminação dos instrumentos mudou. O tom da vez é o "Ice Blue", já visto no Agile e no Camaro. A coluna de direção agora tem ajuste de altura e profundidade. As versões V6 trazem aquecimento dos bancos, sensor de chuva, sistema de som com dez alto-falantes e câmera de ré no retrovisor interno.

Voltando a falar dos novos motores: o 2.4 ganhou 14 cavalos em relação ao anterior, chegando aos 185 cavalos de potência. O torque teve um aumento mais modesto, de 1 kgfm, indo aos 23,8 kgfm a 4.900 rpm. Já o 3.0 (que substitui o 3.6) possui sete cavalos a mais que o propulsor antigo, rendendo 268 cv. O torque é o mesmo, de 30,6 kgfm, mas alcançado apenas aos 5.100 rpm.

De acordo com a GM, as mudanças no 2.4 diminuíram o nível de emissões do motor em 25%. O consumo alardeado pela fabricante é de 9,3 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada. No caso do 3.0, o consumo divulgado (considerando a versão 4x2) é de 8,2 km/l na cidade e 13,1 km/l na estrada. Os números, que são bons se considerarmos a capacidade cúbica dos motores, serão colocados à prova por UOL Carros nos próximos dias -- estamos em plena avaliação de uma unidade Ecotec 2.4. Por ora, veja abaixo as fotos do modelo, clicadas por Murilo Góes e comentadas pela reportagem:

AGENTES AMBIENTAIS
No quesito meio ambiente, o Captiva 2011 traz duas novidades. A primeira é o câmbio automático de seis marchas, com a possibilidade de trocas sequenciais. A caixa, já utilizada no sedã Malibu, deve proporcionar um rodar mais suave ao modelo, ajudando a diminuir o nível de consumo. A outra é a tecla Eco, que ativa o chamado "Eco Mode". Quando acionada, ela altera o comportamento do motor e do câmbio, trocando as marchas em regime de rotações mais baixo, o que, em tese, também ajuda na economia de combustível.

O sistema, inclusive, gerou um comentário curioso durante a apresentação do modelo. Marcos Munhoz, vice-presidente da General Motors no Brasil, mencionou uma outra "função" da tecla. "Quando o motorista aperta o botão Eco, além de o carro adotar um mapeamento mais econômico, o próprio condutor passa a ter uma postura menos agressiva ao volante. Podemos dizer que, além da função técnica, ele também afeta o lado psicológico do motorista", brincou.

A frase corrobora um antigo senso comum: quando o assunto é economia de combustível, os bons resultados não dependem apenas do apetite do carro. O motorista também precisa colaborar. E com o novo Captiva isso não é diferente.