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Ferrari já vendeu todos os carros que queria em 2018 e até alguns de 2019

Sergio Machionne, presidente da FCA, vai divulgar em breve os novos horizontes para a Ferrari, que vai entrar em novos segmentos - Antonio Calanni/AP
Sergio Machionne, presidente da FCA, vai divulgar em breve os novos horizontes para a Ferrari, que vai entrar em novos segmentos
Imagem: Antonio Calanni/AP

Tommaso Ebhardt

05/05/2018 04h00

CEO revela que montadora opera quase com sua capacidade plena

O lucro da Ferrari superou as expectativas. Segundo dados revelados nesta última quinta-feira (3), a fabricante afirmou já ter vendido a maioria dos modelos que esperava para 2018 e até uma parte destinada ao ano que vem.

Sergio Machionne, presidente do Grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles), disse que a montadora opera quase com capacidade plena de produção. Em conferência com analistas, ele informou que há disponibilidade somente para a GTC4 Lusso, modelo da marca mais voltado para famílias.

"Tudo mais vai bastante bem", resumiu o exectutivo.

As ações da Ferrari chegaram a avançar 6,6%, para um recorde de 112,25 euros nesta sexta-feira (4) em Milão. Seu valor de mercado atingiu 20,7 bilhões de euros (cerca de R$ 85 bilhões). Os papéis também subiram nos EUA após os comentários do presidente.

A empresa com sede em Maranello, que foi separada da FCA, havia divulgado também nesta quinta que o lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) cresceu 13% no primeiro trimestre, para 272 milhões de euros (quase R$ 1 bi). O resultado superou a projeção média de 262 milhões de euros de analistas consultados pela Bloomberg.

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Novos planos

Marchionne, que também dirige a Fiat há 14 anos, trabalha em seu plano de negócios final para a fabricante de carros esportivos antes de se aposentar. A estratégia de cinco anos será apresentada em setembro -- e incluirá detalhes para expansão da marca em novos segmentos, incluindo SUVs e supercarros híbridos e/ou elétricos.

"A Ferrari está testando um carro híbrido movido a gasolina e a eletricidade, capaz de rodar silenciosamente", disse Marchionne, em entrevista, no mês passado. Apesar de não ter planos de produzir um carro totalmente elétrico até 2022, a fabricante está desenvolvendo veículos que mostrarão "todo o poder da eletrificação", completou o executivo à Bloomberg  Television.

A mudança ocorre em um momento em que a fabricante mira um volume anual de vendas superior ao limite autoimposto de 10 mil carros, que até então lhe permitia operar sob regras menos rigorosas de economia de combustível. Com o impulso ao crescimento, a Ferrari prevê que o lucro chegará a pelo menos 1,1 bilhão de euros neste ano e 2 bilhões de euros em 2022.

Segundo Marchionne, a Ferrari não estuda comprar outra marca e poderia, em teoria, adquirir marcas fora do mercado automotivo, no setor de artigos de luxo. "Mas no momento ainda não há planos para tanto", afirmou.