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Toyota terá mais de 10 carros elétricos em 2021 "em todos os segmentos"

Toyota pretende eletrificar toda sua linha de modelos e isso inclui o Corolla, que lá fora já possui versão híbrida - Leonardo Felix/UOL
Toyota pretende eletrificar toda sua linha de modelos e isso inclui o Corolla, que lá fora já possui versão híbrida
Imagem: Leonardo Felix/UOL

Kevin Buckland e Nao Sano

21/12/2017 16h16

Toyota e Lexus também pretendem oferecer opções eletrificadas em toda linha de produtos até 2025 e vender 5,5 mi de unidades até 2030

A Toyota se comprometeu a oferecer mais de 10 carros puramente elétricos no início dos anos 2020, que começa a partir de 2021. A fabricante japonesa corre para alcançar as rivais frente à mudança global dos automóveis, que segue um caminho mais sustentável, com modelos movidos a bateria.

Toyota e Lexus, submarca de luxo, também pretendem oferecer opções eletrificadas em toda a linha (entenda: em todo patamar de segmento) até 2025 -- em parte aumentando o número de modelos híbridos, movidos a bateria ou a células de combustível -- e também adicionando opções alternativas de conjuntos de motor e transmissão aos veículos existentes. Um comunicado revelando estes planos foi divulgado esta semana pela fabricante.

Mais metas

Até 2030, a Toyota pretende vender 5,5 milhões de veículos eletrificados -- incluindo 1 milhão de carros movidos totalmente a bateria ou a hidrogênio --, o que representa metade das vendas projetadas pela empresa.

"A eletrificação é essencial", disse o vice-presidente-executivo da fabricante, Shigeki Terashi, em entrevista em Tóquio. Para atingir tais objetivos, será necessário investir cerca de 1,5 trilhão de ienes (US$ 13,3 bilhões, ou cerca de R$ 50 bilhões) em pesquisa e desenvolvimento até 2030, sendo aproximadamente metade do total em tecnologia de bateria. "Precisamos adotar uma postura sem precedentes que supere de longe o que foi feito no passado", garantiu o executivo.

As baterias surgiram como tecnologia dominante na corrida para cumprir as regras ambientais cada vez mais rigorosas em todo o mundo, enquanto a Toyota vinha até agora se concentrando apenas em configurações de células de combustível baseadas em hidrogênio em sua estratégia para os carros de emissão zero.

Além disso, a China, que é o maior mercado automotivo do mundo, pode acabar com as vendas de veículos movidos a combustíveis fósseis até 2040, revelou um executivo de uma fabricante de automóveis de nova energia na última semana. A Califórnia (EUA) também estuda acabar com as vendas de veículos que produzem emissões após medidas da Índia, Reino Unido, França e outros governos.

Um total de um milhão de veículos elétricos será vendido este ano no mundo, representando aumento de oito vezes em cinco anos, segundo pesquisa da Bloomberg New Energy Finance.

Estratégia dos concorrentes

As metas da Toyota surgem após o plano revelado pela Volkswagen de eletrificar os 300 modelos de suas 12 marcas do conglomerado até 2030, com 50 deles movidos puramente a bateria até 2025. A General Motors, por sua vez, pretende oferecer 20 modelos totalmente elétricos até 2020. Já o objetivo da Honda é que os veículos elétricos respondam por dois terços das vendas até 2030.

O presidente Akio Toyoda, que admitiu que sua empresa está "um pouco atrasada" na adoção dos modelos elétricos movidos a bateria, anunciou há alguns dias que a Toyota estava aprofundando a parceria com a Panasonic, maior fornecedora mundial de baterias para esses modelos, para desenvolver células de combustível da próxima geração.

A colaboração incluirá baterias de estado sólido, uma tecnologia que promete prolongar a autonomia, reduzir o tempo de recarga e melhorar a segurança. A Toyota ainda pretende comercializar baterias de estado sólido no início da próxima década.