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Carro elétrico será mais barato que um a gasolina em menos de 10 anos

Chevrolet Bolt é primeira grande aposta de uma fabricante generalista em um "elétrico de baixo custo" - Murilo Góes/UOL
Chevrolet Bolt é primeira grande aposta de uma fabricante generalista em um "elétrico de baixo custo" Imagem: Murilo Góes/UOL

<br>Jessica Shankleman

26/05/2017 13h32

Em breve comprar automóveis movidos a bateria elétrica será mais barato do que adquirir um modelo convencional a gasolina, proporcionando economia imediata aos motoristas. 

É o que aponta uma nova pesquisa da Bloomberg New Energy Finance, empresa sediada em Londres. Segundo a companhia, a queda dos custos da bateria, comprar um veículo movido a eletricidade ficará mais em conta nos Estados Unidos e na Europa já em 2025.

Atualmente as baterias representam cerca de metade dos custos de produção de carro "verde", mas esses valores devem cair cerca de 77% até 2030, de acordo com a pesquisa.

"Em termos de pagamento inicial esses carros começarão a ficar mais baratos e as pessoas começarão a adotá-los mais à medida que os preços se aproximarem da paridade", disse Colin McKerracher, analista da empresa. "Depois disso eles serão ainda mais atraentes", acrescentou.

Um cai, outro sobe

Fabricantes como Renault e Tesla há tempos elogiam os gastos menores com abastecimento e manutenção dos elétricos. UOL Carros já constatou a diferença na prática em teste com o Nissan Leaf: cada recarga custou em média R$ 3.

Por enquanto, tal economia servia apenas como argumento para compensar os preços iniciais elevados de automóveis com zero emissão. Com a iminente equivalência de etiquetas de compra, a tendência é que haja um "boom" na demanda por "carros verdes". 

Segundo Gilles Normand vice-presidente sênior para veículos elétricos da Renault, que fabrica o elétrico Zoe, prevê que os custos totais de propriedade dos veículos elétricos serão iguais aos dos veículos com motores de combustão interna já em 2020.

"Temos duas curvas", disse Normand, em entrevista concedida no início do mês em Londres. "Uma delas é a da redução de custos da tecnologia do veículo elétrico, porque há mais avanços no custo e mais volume. Já o custo do carro a combustão vai aumentar, como resultado das normas mais rigorosas de emissões, concluiu".