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Nova Harley-Davidson Roadster é esportiva para desfilar e acelerar; assista

Harley-Davidson Roadster é esportiva para desfilar e acelerar - Doni Castilho/Infomoto - Doni Castilho/Infomoto
Posição de pilotagem não é confortável para longas viagem, mas instiga a acelerar em passeios curtos
Imagem: Doni Castilho/Infomoto

Arthur Caldeira

Da Infomoto

09/07/2017 10h00

Novo modelo da família Sportster traz suspensão invertida e disco de freio duplo para quem gosta de curvas por R$ 48.600

Frequentemente criticada por alardear o status de novidade em simples remodelações de suas motos, a Harley-Davidson responde os "haters" com a mais nova integrante da família Sportster: a Roadster.

Embora movida pelo "trintão" motor Evolution de 1.200 cc, de dois cilindros em "V" a 45º lançado em 1987, a marca adicionou uma pitada de esportividade à novidade em sua linha 2017.

A Roadster oferece algo a mais do que o guidão estilo "morcego", curvado para baixo: a ciclística é mais agressiva, ou seja, o ângulo da coluna de direção é menor; e ainda há, na dianteira, suspensão invertida com tubos de 43 mm, além de freio com discos duplos. O equipamento "extra" justifica o fato de a Roadster ser vendida a partir de R$ 48.600 -- R$ 1.000 a mais que a Forty-Eight, outra Sportster de 1.200 cc.

Na curva

A ciclística mais esportiva é convidativa para uma estrada, melhor ainda se for cheia de curvas. A suspensão invertida não pode ser ajustada, mas oferece bom amortecimento. Na traseira, o sistema bichoque permite regular a pré-carga da mola. Com 114 mm de curso, o garfo dianteiro não afunda tanto em frenagens bruscas, proporcionadas pelos novos discos duplos flutuantes, configuração mais comum em motos esportivas.

Conjunto funciona melhor no acelera-e-freia comum de trechos sinuosos. A posição de pilotagem, meio-termo entre de pé e agachado, também ajuda a ter mais controle para acelerar. E, diferentemente de outras Sportster, há espaço, ainda que pequeno e não muito confortável, para garupa.

O conhecido V2 de 1.200 cc refrigerado a ar acelera bem até 4.000 rpm, quando chega ao torque máximo de 9,6 kgfm. O câmbio tem cinco "longas" marchas, que exige poucas trocas. Seu tanque de maior capacidade -- são 12,9 litros -- garante mais de 200 quilômetros de autonomia e não obriga o piloto a conhecer muitos postos de combustíveis, como acontece na "irmã" Forty-Eight e seu tanque "amendoim", de apenas 7,9 litros.

Mas o tanque maior não explica a falta de um marcador de combustível no exclusivo painel... O mostrador único e central informa a rotação do motor em um conta-giros analógico, além de ter uma pequena tela de LCD com velocímetro digital, relógio e indicador de marchas. Há apenas a luz indicativa de reserva, pelo menos.

Estilo e função

Com o objetivo de crescer fora dos Estados Unidos -- as Sportster são os modelos mais vendidos na Europa --, e em um momento no qual precisa se expandir no Brasil, a Harley-Davidson acerta em trazer a nova Roadster para nosso mercado.

Na parte ciclística, ela lembra a esportiva XR 1200X, aposentada em 2014. O visual inspirado nas cafe racer e tracker, estilos da moda atualmente, é difícil de rotular, mas a mistura funciona. Ainda há uma extensa lista de acessórios para customizar o modelo.

A nova geometria do quadro e o guidão curvado para baixo atrapalham um pouco as manobras em baixas velocidade, é preciso dizer, mas compensam com estabilidade em alta velocidade e nas curvas. A posição de pilotagem pode não ser das mais confortáveis para uma longa viagem, mas instiga a acelerar em passeios mais curtos. Fato é que a Roadster combina forma e função muito bem: bonita para desfilar, divertida para pilotar.