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Honda SH 150i aposta em tecnologia e bom consumo para bater NMax; assista

Arthur Caldeira

Da Infomoto

30/04/2017 16h01

Novo scooter quer mostrar que não é só um "rostinho bonito"

O sucesso comercial de um veículo está ligado diretamente há três fatores: visual atraente, boa dose de tecnologia embarcada e preço competitivo.

Neste pacote, o SH 150i 2017 tem boas condições de obter vendas expressivas em um segmento que não para de crescer, o de scooters compactos. Porte clássico, bom pacote de equipamentos e etiqueta de R$ 12.450 -- pouco acima do Yamaha NMax 160 (R$ 11.690), seu rival direto -- são alguns de seus trunfos.

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Infomoto conferiu, na prática, quais são suas principais qualidades e mancadas. Confira nesta vídeo-avaliação exclusiva o resultado do teste realizado no Rio de Janeiro.

Ergonômico e esperto

Lição número um: o SH 150i só liga se a chave inteligente -- por sensor presencial -- estiver a no máximo a dois metros do veículo. A proximidade libera também a tampa de combustível e as travas do assento.

Vale também destacar sua ergonomia. O piloto vai sentado, com a coluna ereta e os pés bem posicionados no assoalho plano, característica dos scooters mais puristas.

Apesar de dotado da mesma base motriz do PCX 150 -- motor monocilíndrico com 150 cc com duas válvulas no cabeçote, injeção eletrônica e arrefecimento líquido --, o SH 150i recebeu atualizações na central eletrônica e foi recalibrado para ficar mais potente e "torcudo". São 14,7 cv (a 7.750 rpm) e 1,40 kgfm (a 6.250 rpm). Ganho de 1,6 cv e 0,04 kgfm, respectivamente.

As novas curvas de potência e torque deixaram o SH 150i bastante ágil em acelerações e retomadas. Com o auxílio das rodas de 16 polegadas, da largura (meros 74 cm) e peso (129 kg a seco), mudanças de direção ficam rápidas e precisas. Em outras palavras, é um modelo muito bem recomendado para uso na cidade.

Tudo isso aliado à transmissão CVT (continuamente variável), que anula a preocupação em acionar embreagem ou engatar marchas, tornando-se ótima opção para quem está iniciando no mundo das duas rodas.

Promessa de 40 km/litro

Outra particularidade do CVT do SH 150i é que, ao manter giros do motor baixos, ele contribui para a economia de combustível. Além dele, o sistema Idling Stop -- uma espécie de adaptação do start-stop dos carros para as motos, permitindo o desligamento automático do propulsor em paradas breves, como semáforos -- seria capaz de reduzir o consumo em até 10%, segundo a Honda.

Em nosso teste, de apenas 60 quilômetros entre Copacabana e a Vista Chinesa, o computador de bordo do SH registrou impressionantes 42,6 km/l, dado bastante expressivo para um veículo citadino. Seguindo tal médio, a autonomia do tanque de 7,5 litros poderia chegar a 300 quilômetros.

Estável e seguro

Distância do solo -- 14,6 cm --, pneus largos -- 100/80 na dianteira e 120/80 na traseira -- e um conjunto de suspensões robusto -- garfo telescópico dianteiro com 10 cm de curso e sistema bichoque traseiro com 9,5 cm de curso, especificações similares às de uma moto -- proporcionam bom ânbulo de inclinação e ajudam a absorver bem as imperfeições do solo, lembrando os melhores tempos do PCX 150.

Freios, com disco simples de 240 mm nas duas rodas, assistidos por sistema ABS (antitravamento), também merecem destaque, em função de sua eficiência e progressividade mesmo na simulação de frenagem emergencial: o scooter permaneceu sempre no trilho, sem travar as rodas.

A ressalva fica por conta da falta de um freio de estacionamento, item que equipava o aposentado Lead 110.

Conclusão

Agora cabe ao consumidor responder ao produto. O brasileiro despertou para os scooters não só pela questão da mobilidade, mas também por serem veículos eficientes e mais simpáticos aos olhos dos motoristas do que uma motocicleta.

O SH 150i mostrou que é mais do que um rostinho bonito e possui bons atributos. A ver se o conjunto bem acertado vai se converter em sucesso de vendas.