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KTM 1290 Super Adventure é para quem quer viajar "no luxo" por R$ 95.000

Arthur Caldeira

Da Infomoto

18/12/2016 08h00

Grã-turismo tem motor de moto esportiva e muita versatilidade

Modelo topo de linha da marca austríaca, a KTM 1290 Super Adventure é mais do que apenas uma 1190 Adventure com motor maior. Como seu nome sugere, trata-se de uma moto que, além de aventureira, é luxuosa e acrescenta uma pitada de esportividade.

Combina o desempenho do V2 de 160 cv com boa maneabilidade no asfalto; habilidade off-road com conforto típico de uma touring; e recursos tecnológicos como suspensão semiativa e faróis direcionais.

Importada, é vendida no Brasil por R$ 95.000.

Versatilidade

A chave para tamanha versatilidade está a eletrônica. A Super Adventure traz embarcado pacote tecnológico semelhante ao de superesportivas. Não se engane, porém: trata-se de uma moto de uso misto, capaz de rodar centenas de quilômetros no asfalto ou encarar uma estrada de terra com a mesma segurança.

Com o tanque capacitado para 30 litros, boa proteção aerodinâmica e uma infinidade de recursos, a luxuosa aventureira se permite cobrar R$ 10 mil a mais do que sua grande rival, a BMW R 1200 GS Adventure.

O motor bicilíndrico em V a 75 graus, de 1.301 cm³, duplo comando de válvulas e refrigeração líquida, é o mesmo da bestial naked 1290 Super Duke R, porém com 20 cv a menos. Ainda assim produz bons 160 cv de potência (a 8.750 rpm) e 14,28 kgfm de torque (a 6.750 giros), com foco em entrega maior de força em baixos e médios regimes (graças ao virabrequim mais pesado).

A grã-turismo vem dotada de quatro modos de pilotagem -- incluindo chuva e off-road --, que proporcionam diferentes respostas de acelerador eletrônico e controle de tração, além de reduzir ou expandir a entrega de potência.

Tudo isso é gerenciado pelo controle de estabilidade da Bosch, que, em conjunto com os freios ABS (antitravamento) otimizados para curvas, faz da 1290 Super Adventure uma das motos mais seguras do mundo.

Como boa aventureira esportiva que é, a KTM não faz feio nas retomadas em saídas de curva. Também possui fôlego de sobra para ultrapassagens na estrada. O sofisticado controle de tração permite que o desempenho seja usado com segurança mesmo em superfícies escorregadias.

Peso-pesado, mas com agilidade

Para uma moto tão completa, seu peso de 229 kg a seco é compreensível, mas em nada atrapalha sua habilidade para contornar curvas.

Isso porque a ciclística é igualmente digna de elogios, também ajudada pela eletrônica: quadro tubular de aço e suspensões de longo curso da WP, uma subsidiária da KTM. A Super Adventure recebe ainda suspensão semiativa com quatro configurações independentes dos modos de pilotagem.

Mesmo em ritmo mais forte, na pista, o conjunto firma o garfo dianteiro em frenagens mais fortes e o monoamortecedor traseiro em acelerações empolgadas.

A proteção aerodinâmica contribui para sua capacidade estradeira. O para-brisa facetado, ajustável manualmente, garante pouco ruído e turbulência. O grande tanque de 30 litros garante autonomia de, pelo menos, 450 km -- o consumo varia entre 15 e 17 km/litro, segundo o computador de bordo.

Controle de cruzeiro (piloto automático) vem de série, assim como os inovadores faróis direcionais: três guias de LED posicionados em cada lado da carenagem iluminam a curva assim que você deita a moto.

Tem alguma desvantagem?

O assento é confortável e fácil de ajustar em altura (860 – 875 mm), mas inevitavelmente os pilotos de menor estatura vão ter que se esforçar em manobras mesmo na configuração mais baixa.

Há, claro, a questão do preço alto. Apesar de ser razoável para uma moto que oferece desempenho, refinamento e conforto, fica bem acima da concorrente alemã, cujo principal trunfo é ser montado em Manaus (AM).