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Yamaha relança Neo como scooter mais barato do Brasil; assista

Aldo Tizzani

Da Infomoto

15/09/2016 16h08

Descontinuado em 2012, o pequenino scooter Yamaha Neo está de volta ao mercado. Pelo preço sugerido de R$ 7.990, o modelo trará motor maior, de 125 cc, os futuramente obrigatórios freios combinados (assistência que transfere automaticamente a carga da frenagem entre as duas rodas), visual renovado e conjunto óptico dianteiro com LED. 

Urbano, o Neo 125 promete agilidade, pilotagem fácil e economia -- seja na etiqueta de compra ou com combustível -- para atrair especialmente mulheres. Meta é marcar presença em um mercado -- o de scooters -- ainda tímido no Brasil (são só 4% de fatia nas vendas de todo o setor de duas rodas), mas que, juram as fabricantes, tem muito potencial.

Em favor desse tipo de veículo está a agilidade para trafegar no trânsito, sem falar no consumo. Além disso, o scooter é um veículo mais simpático aos olhos dos motoristas de carros, que costumam respeitar mais seus usuários.

Com o Neo 125 a Yamaha promove a reedição de um best seller: em oito anos de produção (2004 a 2012), a primeira geração do Neo 115 vendeu mais de 80 mil unidades. Revigorado, o produto volta com missão de "atuar na migração dos consumidores das CUB para o mundo dos scooter", Ricardo Susini, diretor comercial da marca.

Embora otimista, Susini faz uma previsão de vendas conservadora: cerca de 8 mil unidades em um ano. O que pode ajudar o modelo é o fato de ser o scooter mais barato do Brasil. Seus concorrentes mais próximos são Suzuki Burgman 125i (R$ 9.490) e Honda PCX 150 (R$ 10.814).

Veja mais detalhes do modelo no álbum.

Como o "neo Neo" é

Porte impressiona, assim como o acabamento e as modernas linhas herdadas de dos scooters maiores TMax 530 e NMax 160. No anteparo do escudo há dois porta-objetos sem tampa e ainda um gancho para prender pequenas sacolas. Sob o assento espaço há um baú de modestos 14 litros para acomodar não mais do que um capacete aberto.

Painel de instrumentos simples traz velocímetro analógico, hodômetro total, marcador do nível de combustível e a função ECO, que indica o momento de pilotagem mais econômica. Ficou devendo, contudo, um relógio e também  entrada USB para carregar os cada vez mais inseparáveis celulares.

Motor monocilíndrico de 125 cc bebe só gasolina e possui duas válvulas, comando simples no cabeçote, injeção eletrônica, refrigeração a ar e bloco em liga de alumínio e silício com pistão forjado -- que, garante a Yamaha, confere leveza e maior dissipação do calor. 

Ele gera 9,8 cv de potência (a 8.000 rpm) e 0,98 kgfm de torque (a 5.500 rpm). A fabricante assegura que ele é capaz de bater 40 km/l, o que levaria a autonomia do tanque de 4,5 litros a cerca de 180 quilômetros.

Detalhe: o conjunto motor/balança tem 32 quilos, o que representa um terço do peso da moto. Esta estrutura mantém o centro de gravidade baixo e proporciona estabilidade. 

Os freios combinados (chamados pela Yamaha de UBS) entram em ação sem que o piloto perceba. Ao apertar somente o manete do lado esquerdo do freio traseiro (a tambor) o sistema aciona também o freio dianteiro (disco simples de 200 mm).

Conjunto de suspensões traz garfo telescópico convencional na dianteira, com curso de 9 cm, e monoamortecedor traseiro com curso de 8 cm. Para ajudar a absorver os impactos, o pequeno scooter usa pneus de perfil esportivo sem câmara, calçados sobre rodas de liga leve de 14 polegadas.

FICHA TÉCNICA -- Yamaha Neo 125 UBS
+Preço: R$ 7.990
+Motor: monocilíndrico de 125 cm³ a ar; quatro tempos; SOHC; duas válvulas
+Potência: 9,8 cv (a 8.000 rpm)
+Torque: 0,98 kgfm (a 5.500 rpm)
+Câmbio: CVT
+Dimensões: 1,87 m (c) x 68,5 cm (l) x 1,07 m (a)
+Peso: 96 kg (em ordem de marcha)
+Tanque: 4,2 litros

Primeiras impressões

Infomoto rodou 80 quilômetros pelas ruas de São Paulo para conhecer o Neo 125. Os meros 96 quilos em ordem de marcha contribuem muito para a agilidade em meio ao trânsito pesado.

O motor ganha giros de forma gradual e também vibra pouco -- usa balancins roletados --, sendo fixado ao quadro em alumínio por quatro coxins de borracha. Embora não tenha uma arrancada vigorosa, o monocilíndrico trabalha bem em baixas e médias rotações, comportamento ideal para sua proposta.

Outro aspecto que chama a atenção é a facilidade de mudanças de direção e manobras em baixa velocidade. Ponto positivo para a instalação da roda dianteira, recuada a fim de reduzir a distância entre-eixos e aumentar a agilidade.

A unidade testada por Infomoto rodou mais de 80% do trajeto com duas pessoas a bordo e se saiu bem. Oficialmente o pequenino scooter transporta até 155 Kg somando piloto e garupa. Mas atenção: desempenho deixa a desejar em subidas mais íngreme, assim como a suspensão traseira dá “fim de curso” cedo ao passar por desníveis.

Transmissão CVT (continuamente variável) dispensa trocas de marcha e ganhou polias de 12,5 cm para ficar mais eficiente. Há até espaço para um bem-vindo descanso lateral que, ao ser estendido, desliga o motor.