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LED traz economia e segurança à moto; veja quais têm e como cuidar

Guilherme Silveira

Da Infomoto

05/02/2016 17h59

O LED (iluminação por diodo emissor de luz) parece ter vindo para ficar. Antes restrito a veículos de luxo, o sistema já se alastra por carros de entrada, como o Hyundai HB20, e também por diversos segmentos de duas rodas. De um scooter urbano, como o Dafra Citycom 300i, à bigtrail BMW 1200 GS, a nova febre do setor chegou para oferecer iluminação mais clara e vibrante, por meio de um processo que dura mais e economiza energia.

Seja em carreiras dispostas nas lanternas traseiras, indicadores de seta, luz diurna do farol dianteiro ou painéis de instrumentos, confira no álbum alguns modelos que já aplicam os LEDs como item de série ou opcional.

Painel de LED - Divulgação - Divulgação
Iluminação é feita por pastilhas de silício ou germânio, soldadas em placas de CI
Imagem: Divulgação
Vantagens

Segundo Victor Trisotto, diretor de engenharia da Dafra, a economia de eletricidade chega a 20% e ajuda até a poupar outros componentes da moto. "O consumo [no Citycom 300i] passou de 3,5 para 0,4 Ampéres, com os mesmos 42 Watts de potência. Com isso, o gerador sofre menos após dar a partida e a bateria reabastece sua carga mais rápido", contou.

Já Leonardo Figueiredo, gerente de produto da Philips, apontou que o LED também proporciona acendimento instantâneo e intensidade luminosa cinco vezes maior que o do sistema halógeno). "São fatores que aumentam a segurança em sinalizações e frenagens", comentou.

A vida útil varia entre 50.000 e 100.000 horas, contra cerca de 10.000 a 20.000 horas de uma lâmpada comum. Outro ponto positivo é a resistência do item às vibrações de uma motocicleta. “Diferentemente de uma lâmpada incandescente, cujo filamento interno é frágil, as pastilhas de LED apresentam solidez e resistência muito maiores”, explicou Alfredo Guedes Jr., engenheiro da Honda.

O custo maior do diodo, portanto, acaba compensando o investimento. A Harley-Davidson, por exemplo, cobra R$ 4.000 para aplicar um kit na Forty-Eight. Em modelos de topo, como a Ultra Limited CVO, o item vem de série. 

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Problemas e cuidado

Nem tudo são flores na iluminação em LED, porém. Para a iluminação frontal, é preciso utilizar um globo refletor específico a fim de fazer com que a luminosidade não exceda as normas de segurança. Isso significa que é preciso ter cuidado com faróis de LED vendidos no mercado paralelo: eles podem estar fora dos padrões e representar um risco aos motociclistas. “Lâmpadas sem adaptação tendem a formar um facho de luz com zonas apagadas, foco disperso ou mais fraco que o necessário”, alertou Guedes Jr. 

Para compensar essas falhas, já existem no mercado encaixes parecidos com “espigas de LEDs”, do tipo H4 e H7. Sua finalidade é acrescentar diodos para compensar a falta de potência luminosa provocada pelo uso de um refletor comum. A Philips, por exemplo, já estuda a chegada de um produto desse tipo no Brasil.

Mais um ponto a se ficar atento: normalmente, as carreiras de LED ficam dentro de um conjunto selado, à prova de umidade. Por isso, quando um LED apaga, é muito complicado de trocá-lo em separado dos outros. Segundo Trisotto, da Dafra, o que pode acontecer (embora seja raro) com LEDs dispostos em placas é a soltura da solda. “Neste caso, outros diodos costumam apagar em seguida. A solução aí é trocar a placa toda. Eles também sofrem com umidade; situação que causa oxidação e condena a iluminação”, comentou.