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Compactas premium crescem no Brasil por estilo e desempenho

Guilherme Silveira

Da Infomoto

26/09/2015 12h57

Posicionadas em uma lacuna do mercado de motocicletas entre 300 e 500 cc, as recém-chegadas motos compactas premium aliam preço competitivo a uma receita empolgante. Modelos como a Kawasaki Z 300, a Yamaha YZF-R3 e a KTM Duke 390 vieram disputar a preferência do consumidor em um segmento antes formado só pela Ninjinha 300.

Relativamente novo por aqui, este nicho tem garantido boas vendas em mercados emergentes, como Índia, Indonésia e Tailândia. O Brasil deve repetir o sucesso de aceitação destes modelos compactos, que agregam bom desempenho e alguma dose de sofisticação.

Briga doméstica

Esta nova classe de motocicletas começou sua expansão no início do ano, quando a Kawasaki trouxe a Z 300 por R$ 17.990 (versão com freios ABS ccusta R$ 19.990). A naked de 300 cc sacudiu o mercado com visual herdado da irmã maior Z 800. O bom desempenho vem do motor de dois cilindros paralelos e refrigeração líquida, idêntico ao da Ninjinha, que gera 39 cv.

A Kawasaki enxerga o modelo como porta de entrada para a marca, sendo até uma opção à Ninjinha. “A aceitação foi tão boa que a meta de vendas foi revista e passou para 1.600 unidades ao ano”, afirma Mauro Ferraz, gerente comercial da fabricante.

Yamaha traz "baixinha invocada"

Fatores como facilidade de pilotar, desempenho empolgante e custo relativamente acessível atraíram os consumidores e fizeram com que outras as concorrentes se mexessem. A Yamaha, por exemplo, apostou na montagem da esportiva R3 em Manaus (AM), uma miniesportiva carenada com motor bicilíndrico de 320 cm³ e 42 cv. É vendida a R$ 19.990, sendo R$ 21.990 com freios ABS.

“Pela proposta de ser uma supersport para uso diário, fácil de pilotar, atenderá aos motociclistas novatos e também a quem tem uma moto menor e quer subir de degrau. Ela pode até ser a opção de uso diário para motociclistas mais experientes, que já têm uma moto de alta cilindrada”, avalia Márcio Hegenberg, diretor comercial da marca japonesa no Brasil.

KTM entra na briga

Já a KTM trouxe, logo em seguida, a Duke 390. Primeira moto compacta global da marca, ela é montada pela Dafra e custa R$ 21.990 em versão única. Utiliza um monocilíndrico de 375 cm³ que rende 44 cv. "É um veículo de uso versátil, que se encaixará tanto para locomoção diária como para lazer", diz José Ricardo Siqueira, gerente de marcas da Dafra.

Concorrência deve aumentar

Justamente por não existir grande variedade de motos neste novo nicho, a briga nesta faixa de preço acaba tendo como concorrentes algumas motos seminovas de maior cilindrada. Para ganhar a preferência do consumidor, as fabricantes apostam no toque de exclusividade de seus produtos.

"São propostas diferentes”, minimiza o gerente da Dafra. “Há seminovas maiores com bons valores no mercado, mas oferecemos um pacote completo com boas condições de compra e taxas de juro menores, por ser uma moto zero", acrescenta.

Outras rivais devem entrar no segmento em breve. A Yamaha MT-03, naked já revelada no exterior e baseada na versão indonésia da MT 25 (motor de 250 cm³ e 36 cv), tem grandes chances de também chegar à linha de montagem em Manaus.

A KTM, por sua vez, confirmou a esportiva RC 390 para o Brasil e deve revelar em breve uma versão trail da Duke. Já a Honda, que ainda está fora da briga, pode facilmente trazer dois modelos de sucesso no exterior: as monocilíndricas com refrigeração líquida CB 300F (naked) e CBR 300R (esportiva).

Em resumo: o leque de opções para você ter uma compacta diferenciada na sua garagem ficará cada vez maior.