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Ariel Ace é moto inglesa de produção que sonha em ser customizada

Ariel Ace 2014 - Divulgação - Divulgação
Rabeta mais curta, banco mais macio: Ariel Ace é "única" como customizadas
Imagem: Divulgação

Carlos Bazela

Da Infomoto

04/07/2014 13h56

Marca inglesa conhecida por produzir esportivos fora-de-série, a Ariel também foi uma criativa fabricante de motocicletas há 50 anos. Em 2014, a empresa volta ao passado e apresenta a Ace, naked equipada com motor V4 da Honda e diversas possibilidades de customização.

Este é o principal trunfo da Ace, para a Ariel. Altura do assento, guidão e suspensão, bem como a posição dos comandos e das pedaleiras, são especificados pelo comprador na hora do pedido. O mesmo vai para o acabamento e até para a capacidade do tanque, que pode ser escolhida entre 14 e 21 litros.

"As primeiras fotos mostram apenas duas opções de configuração, mas as combinações são quase intermináveis", garante Saunders.

Outro ponto enfatizado pela marca é que mais do que altos números de desempenho, a empresa procura criar motos divertidas, cujo controle está dentro das capacidades de um motociclista com experiência média. "Pensamos em criar uma moto de corrida super leve, mas elas já estão por aí", afirmou. "Então, decidimos produzir uma moto rápida, fácil de pilotar e dentro da capacidade dos pilotos", conclui.

O preço, no entanto, não será compatível com o bolso da maioria: com poucas unidades produzidas (entre 100 e 150 unidades/ano), chega ao mercado europeu em 2015 custando a partir de 20.000 libras (mais de R$ 75 mil).

É DIFERENTE
No design, a versão mais agressiva da Ace parece superesportiva: a rabeta é mais alta e tem assento de pouca espessura, o que sugere posição de pilotagem de "ataque". Para a versão cruiser, assento com mais espuma e sem subquadro, com suporte de placa junto ao para-lama traseiro e rente à roda. Ambas dispensam carenagem e empregam o mesmo quadro treliçado em alumínio, que abraça o tanque de combustível. Abaixo do motor há um spoiler que protege e complementa o visual das duas versões, que compartilham farol.

As rodas têm formato de estrela, o mesmo oferecido pela primeira geração do Atom, carro esportivo da marca. O escape mais curto também ajuda a deixar o monobraço traseiro em evidência, assim como acontece com o carro. Este design "diferente" é a aposta para atrair clientes.

"Motociclistas gostam de ser singulares e querem que suas motos também sejam", afirma o diretor Simon Saunders. "Cada Ace será única".

Ariel Ace 2014 - Divulgação - Divulgação
Ace terá opções de customização que podem até alterar categoria da moto
Imagem: Divulgação

MOTOR E CICLÍSTICA
O coração da Ace, independentemente da versão, é um motor Honda de quatro cilindros em "V" a 76º de 1.237 cm³ -- o mesmo utilizado pela VFR 1200F --, capaz de gerar até 172,6 cv (a 10.000 rpm) e 13,1 kgfm de torque (8.750 giros). Há outros elementos da touring da Honda: transmissão final por eixo cardã, o câmbio de seis marchas e o inovador sistema automatizado de dupla embreagem (DCT, opcional).

Enquanto a versão mais esportiva sai de fábrica equipada com garfo telescópico invertido na dianteira, a cruiser adota um sistema diferente, chamado de "trave" pela marca, que consiste em duas espessas barras de cada lado da roda, parafusadas a uma base oscilante. Essa base, por sua vez, apresenta um monoamortecedor com mola, colocado atrás do farol.

Na traseira as motos adotam monoamortecedor. Todos os conjuntos são da marca Öhlins e totalmente ajustáveis -- no caso dos sistemas formados por um único amortecedor, há o auxílio de regulador a gás.

Já nos freios, há um disco duplo de 320 mm de diâmetro na dianteira, que recebe pinças da Nissin de seis pistões, e um disco único traseiro, de 276 mm, com pinça de pistão duplo da mesma empresa. A marca, porém, já planeja oferecer pinças da grife Brembo como opção no futuro. O sistema ABS é item de série em todas as versões, assim como o controle de tração.