Kasinski Comet GT 250 R tem cara de esportiva e coração de custom

Da Infomoto

Motos com características esportivas, independente da cilindrada ou da potência, sempre causam fascínio entre os motociclistas. Para pilotos em ascensão que já passaram pelas populares 125 cm³ e querem se destacar, uma opção é a Comet GT 250 R EFI. De origem sulcoreana, o modelo 2010 da Hyosung, que chega ao país com a marca Kasinski, ganhou injeção eletrônica de combustível para alimentar seu motor de dois cilindros em "V", único no segmento.
  • Gustavo Epifanio/Infomoto

    Modelo 2010 tem injeção eletrônica e preço mais atrativo: a partir de R$ 15.100

A Comet GT 250 R EFI pode ter um desempenho de vendas ainda melhor do que em 2009, quando teve 1.425 unidades emplacadas. Para isso, tem preço promocional, a partir de R$ 15.100, para as cores preta e vermelha. Já o modelo em duas tonalidades de cor, igual ao testado nesta reportagem, tem preço sugerido de R$ 15.600. A briga é com a Kawasaki Ninja 250, equipada com motor de dois cilindros paralelos, que produz 33 cv de potência máxima, e que vendeu 1.452 unidades no ano passado. Hoje, a "Ninjinha" é vendida a R$ 15.500.

Com carenagem e tanque volumosos, a Comet tem aparência de moto de maior cilindrada. Seu design, digno de elogios, e o bom nível de acabamento chamam a atenção e arrancam suspiros dos proprietários de motos menores.

O motor, porém, deixa um pouco a desejar nas acelerações e retomadas. O V2 de 249 cm³ tem duplo comando no cabeçote e arrefecimento a ar e óleo: gera 29,2 cv a 10.500 rpm de potência máxima e 2,31 kgfm de torque máximo a 8.000 rpm. O problema é que, mesmo com injeção eletrônica, as rotações do motor crescem de forma lenta e preguiçosa -- o motociclista tem de manter o giro acima dos 7.000 rpm ou vai se sentir pilotando uma 125 cm³. Esse caráter não chega a ser um defeito e chega a ser divertido em estradas -- nos deslocamentos urbanos, porém, torna-se cansativo.

Comparando, a Honda CB 300R e a Yamaha Fazer 250 oferecerem menor potência em seus motores monocilíndricos, mas ambas têm mais torque em rotações menores -- entre 6.000 e 6.500 rpm -- e maior agilidade em meio ao trânsito urbano.

Com uma embreagem macia, o câmbio de cinco marchas está bem escalonado. Tem engates suaves mas, às vezes, não muito precisos. Resumindo: para ter uma tocada mais esportiva, o motor da Comet precisa trabalhar sempre cheio, com o ponteiro indicando altas rotações.

Kasinski Comet GT 250 R EFI

MotorDois cilindros em "V", 249 cm³, OHC, 4 tempos, arrefecido a ar e óleo.
Potência29,2 cv a 10.500 rpm.
Torque2,31 kgfm a 8.000 rpm.
Diâmetro e curso57 mm x 48,8 mm.
AlimentaçãoInjeção Eletrônica; partida elétrica.
CâmbioCinco velocidades.
SuspensãoGarfo telescópico invertido, com 120 mm de curso (dianteira); balança monochoque com 120 mm de curso e ajuste na pré-carga da mola (traseira).
FreiosDisco duplo de 300 mm de diâmetro e pinça de dois pistões (dianteiro); disco de 230 mm de diâmetro com pinça de dois pistões (traseiro).
Pneus e rodas110/70-17M/C 54H (dianteiro); 130/70 - 17 62 H (traseiro).
Dimensões2.095 x 720 x 1.135 mm (CxLxA); 1.430 mm (entre-eixos).
Tanque17 litros.
Peso173 kg
CoresPreta, vermelha, branca/preta, vermelha/preta.
CICLÍSTICA E ERGONOMIA
O conjunto de suspensão e freios tem desempenho de acordo com a proposta da GT 250 R. Na dianteira, o garfo invertido (upside-down) de 120 mm de curso é bastante rígido e estável até mesmo em altas velocidades. Na traseira, a suspensão monoamortecida, com ajuste na pré-carga da mola, também tem 120 mm de curso. Nas esburacadas ruas paulistanas, o conjunto é castigado em função do pouco curso, mas qual veículo não sofre? Para ajudar na tarefa de absorver impactos, a moto está calçada com pneus Pirelli MT 75, medidas 110/70-17M/C 54H (dianteiro) e 130/70-17 62 H (traseiro).

O freio com dois discos flutuantes de 300 mm e pinça de dois pistões proporcionou frenagens eficientes, exceto quando exigido nas constantes chuvas que caem sobre São Paulo nesse primeiro mês do ano -- o sistema molhado apresentou um funcionamento "borrachudo". Completa o conjunto de freios, um disco simples de 230 mm com pinça de dois pistões atrás.

Outro ponto que deve ser levado em consideração é a ergonomia. Na Comet o piloto adota uma postura "racing" em função dos semiguidões, pedaleiras recuadas e do pequeno banco. Se a ideia é rodar todos os dias, saiba que essa Kasinski não prima pelo conforto. Não é uma moto para percorrer grandes distâncias, mas pode ser uma ótima companheira em trechos sinuosos, principalmente porque o piloto fica bem encaixado. O motociclista fora de forma pode sentir dores nas costas em função da posição de pilotagem.

Além da injeção, a linha 2010 da Comet ganhou novas carenagens laterais, que conferem modernidade ao modelo. Os assentos foram redesenhados. A moto traz alças da garupa com novo design e a nova lanterna traseira com LEDs, além do escapamento em aço inox. Para melhor visualização, o painel de instrumentos da mini-esportiva está equipado com mostrador digital multifuncional e conta-giros analógico. (por Aldo Tizzani)

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