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Suzuki Burgman 400 fica mais potente e menos poluente na linha 2009

Da Infomoto

11/12/2009 16h17

  • Mario Villaescusa/Infomoto

    Suzuki Burgman 400 tem ciclística revigorada, rodas aro 14 e disco de freio dianteiro duplo

O scooter Suzuki Burgman 400 passou por algumas mudanças desde seu lançamento, em 1999. Porém, nesta última renovação, as alterações estéticas e mecânicas foram mais radicais e deixaram o modelo mais moderno, seguro e potente, e ainda menos poluente. A terceira geração conta agora com linhas mais arredondadas, roda dianteira maior, de 14 polegadas, motor de 34 cv de potência máxima e freios de duplo disco. De quebra, o motociclista roda com o máximo de conforto, já que em função do desenho e posição de guidão e assento o piloto sente-se à bordo de uma grã-turismo como a BMW K 1200 LT ou a Honda GL 1800 Gold Wing. O preço sugerido, porém, ainda é um pouco salgado para um scooter: R$ 26.900.

A grande vantagem do Burgman 400 é que, apesar do porte, demonstra certa agilidade no trânsito urbano. Encara bem as ondulações e buracos, isso em função de rodas e pneus com medidas maiores -- 120/80-14 na dianteira e na traseira 150/70-13. Essa mudança também refletiu em maior estabilidade do veículo. Para ajudar neste trabalho, o modelo conta com receitas tradicionais, porém eficientes: garfo telescópico e monoamortecedor, com ajustes de pré-carga da mola.

O novo sistema de freios está até "superdimensionado". O maxi-scooter da Suzuki tem dois discos de 260 mm de diâmetro na dianteira, mordidos por pinça de dois pistões. Na traseira, disco simples de 210 mm de diâmetro com pinça de um pistão. Com este novo conjunto, a frenagem se apresentou mais eficiente e rápida, transmitindo segurança ao piloto. Detalhe: o modelo conta ainda com freio de estacionamento.
ESPAÇO
Com linhas menos angulosas, o maxi-scooter transmite sofisticação -- é comum ver executivos rodando com o veículo pelas ruas de São Paulo.
O banco largo oferece encosto para o piloto, com cinco posições de ajuste, que se traduz em muito conforto para também rodar em rodovias bem pavimentadas. A altura do banco aumentou para 710 mm (antes, era de 695 mm), mas sem dificultar o apoio dos pés no chão. Podemos lamentar apenas que a nova versão perdeu o encosto para garupa (sissy-bar).

Falando em viagem, o modelo conta um generoso espaço sob o banco, de 62 litros, que serve para acomodar bagagem, pequenos objetos ou até mesmo dois capacetes. No anteparo do escudo frontal há também três porta-luvas, o maior deles com capacidade de até 10 litros. Ideal para guardar documentos, celular, óculos...

A nova carenagem frontal ganhou para-brisa maior que protege o piloto da chuva e do vento. Mas, de tão grande, o guidão chega a bater na bolha ao atingir o ângulo máximo de esterço. Um "errinho" de projeto, talvez, que no entanto não chega a atrapalhar nas manobras.

Na parte traseira, as novas lanternas transparentes do Burgman 400 estão mais bonitas e com maior área de visualização, bastante diferente do modelo anterior, que apresentava lanternas separadas, como nos automóveis de passeio. O painel manteve seu design e funcionalidade completa: velocímetro, tacômetro, hodômetros parciais, relógio, indicadores de temperatura ambiente, nível de combustível e temperatura do líquido de arrefecimento. Destaque para a tela de cristal líquido que exibe até marcador de consumo instantâneo de combustível.

Suzuki Burgman 400

MotorMonocilíndrico, DOHC, 399,87 cm³, quatro tempos, quatro válvulas, refrigeração líquida.
Potência34 cv a 7.300 rpm.
Torque3,70 kgfm a 5.800 rpm.
AlimentaçãoInjeção eletrônica, partida elétrica.
CâmbioAutomático com transmissão continuamente variável (CVT).
SuspensãoGarfo telescópico (dianteira); monoamortecedor, com ajustes de pré-carga da mola (traseira).
FreiosDisco duplo de 260 mm de diâmetro com pinça de dois pistões (dianteira); disco simples de 210 mm de diâmetro com pinça de um pistão (traseira).
Pneus e rodas120/80-14 M/C 58S sem câmara (dianteira) e 150/70-13 M/C 64S sem câmara (traseira), com roda de liga leve .
Dimensões2.270 mm (comprimento), 760 mm (largura), 710 mm (altura do assento).
Peso199 kg (a seco).
Tanque13,5 litros.
CoresPrata, azul e preta.
MOTOR
Não é só no aspecto visual que o Burgman ganhou atualizações. Para atender à atual regra de emissão de poluentes (Promot 3), o motor foi reformulado e garante desempenho com comportamento mais ecológico.

A configuração é a tradicional: monocilíndrico, DOHC (duplo comando no cabeçote), quatro tempos, com refrigeração líquida. Mas ganhou novo sistema de injeção eletrônica, que oferece maior economia de combustível, além de respostas mais rápidas ao girar o acelerador.

Com 399,87 cm³ de capacidade, o propulsor produz 34 cv a 7.300 rpm de potência máxima e 3,70 kgfm a 5.800 rpm de torque máximo. Por isso o modelo tem boa desenvoltura no trânsito urbano, como também rodando por estradas.

Outro fator que tem atraído muitos pilotos ao mundo dos scooters é a transmissão automática (CVT). Dispensando o uso da embreagem e, consequentemente, as trocas de marchas constantes, a praticidade é um marca registrada dos scooters -- basta apenas ligar e acelerar.

NA PISTA
O teste com o Suzuki Burgman 400 foi feito em pista fechada, onde pudemos acelerar a mais 140 km/h. Com bom ângulo de inclinação, o scooter ajuda a contornar curvas. A postura do piloto, que pode se posicionar confortavelmente, com os pés apoiados, é outro ponto que merece destaque. Para finalizar, o tanque de combustível do maxi-scooter da Suzuki tem capacidade 13,5 litros, o que lhe garante uma autonomia superior a 250 km.

E é por esta versatilidade que os europeus são "fãs de carteirinha" dos scooters. Lá há modelos de 50 cm³ a 800 cm³, para todos os bolsos e gostos. Na Itália, por exemplo, os scooters representam 50% do total de vendas dos veículos de duas rodas. Aos poucos, este tipo de transporte vem atraindo cada vez mais adeptos no Brasil e, por enquanto, o Suzuki Burgman 400 reina absoluto em seu segmento. O que pesa contra é o preço R$ 26.900, além do alto valor das peças de reposição e revisão, já que o modelo é produzido em regime de CKD (com peças importadas, tendo apenas a montagem do produto feita por aqui), ainda que diretamente pela Suzuki J-Toledo. (por Aldo Tizzani)