Primeiro enduro de motos elétricas acontece em Copenhague

Da Infomoto

CONHEÇA A QUANTYA

  • Divulgação

    O Salão de Milão 2009, maior evento sobre motos do planeta, realizado mês passado na Itália, também teve um espaço exclusivo para modelos híbridos e elétricos, que reuniu fabricantes italianos, ingleses, austríacos, alemães, suíços e até um sul-africano.

    Destaque para a Quantya SA, empresa suiça que apresentou modelos Track (off-road) e Strada (motard). Com motor elétrico de 12 cv de potência máxima e 3 kgfm de torque máximo, a Quantya Track é perfeita para a prática de atividades fora de estrada. Conta com suspensões Marzocchi Shiver (dianteira) e Sachs (traseira), além de freio à disco em ambas as rodas, aros de alumínio e pneus de cravos. No total, o conjunto pesa 93 kg.

    A reportagem da Infomoto teve a oportunidade de rodar com o modelo em um dos pavilhões do salão. A moto surpreende pela ciclística acertada e também por seu torque. A velocidade máxima chegou a cerca de 75 km/h. Mas há no punho esquerdo um manete que aciona um segundo estágio do motor elétrico. Assim, parece que um "turbo" entra em ação e despeja mais energia para o sistema de transmissão, com ganho de cerca de 10 km/h.

    A autonomia varia, segundo o fabricante, de 30 a 180 minutos, já que tudo depende da "mão do piloto", com ciclo de recarga de uma hora para as baterias de íon-lítio. A Quantya Track, no entanto, ainda é cara e custa cerca de 8 mil euros (R$ 20 mil).

Com o propósito de mostrar ao mundo que o esporte a motor pode ser ambientalmente sustentável, ex-pilotos e a União Dinamarquesa de Motociclismo vão organizar, em Copenhague, o primeiro enduro internacional exclusivo para motocicletas elétricas. O Eco Enduro, que tem supervisão da Federação Internacional de Motociclismo (FIM), acontece neste final de semana e quer mostrar aos governantes que participam da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas que o motociclismo está preparado para reduzir o impacto sobre o Meio Ambiente.

"O Eco Enduro vai demonstrar que as motos elétricas podem participar de uma competição de enduro emocionante, sob as normas da FIM, o que certamente vai nos estimular a projetar o caminho do esporte. Vamos mostrar ao mundo que o motociclismo está acelerando para se preparar para o futuro", declarou Vito Ippolito, presidente da FIM.

O Eco Enduro é organizado pelo piloto dinamarquês Ivan Reedtz-Thott, atual vice-campeão mundial de quadriciclos, e pela editora Scandinavian Racing Press, que tem revistas e sites sobre motocicletas, sob a supervisão da Federação Dinamarquesa de Motociclismo. A prova iniciada nesta sexta-feira (11) vai até domingo. Os dois primeiros dias serão disputados como qualquer outra prova de Enduro, de acordo com as regras internacionais, em Strandegaard, 80 km ao sul de Copenhague. No domingo, para atrair a atenção da imprensa mundial, vai acontecer no centro da capital dinamarquesa uma prova de motocross em circuito fechado.

Pilotos de todo o mundo também apoiaram a iniciativa. A lista das estrelas é encabeçada pelo belga Joël Smets, cinco vezes campeão mundial de motocross, o norueguês Pal Anders Ullevalseter, campeão mundial de Rali em 2004, e a sueca Annie Seel, ex-campeã mundial de Rali.

A PROVA
Os pilotos serão divididos em quatro categorias de acordo com a motocicleta utilizada. Na Pro I competirão as motos da marca suíça Quantya, com preparação especial. Na Pro II, as motos Quantya terão de ser originais, como são comercializadas. Na Pro III, vão correr os modelos Zero MX da americana Zero Motorcycles. A categoria Proto vai permitir a participação de qualquer outra moto, desde que movida a eletricidade e sem emissão de poluentes. Outra exigência é que as motos tenham autonomia para 15 km e tempo máximo de duas horas para recarga.

Nos dois primeiros dias, os pilotos vão percorrer trechos similares aos enduros convencionais com distâncias de até 25 km. No domingo, a pista em circuito fechado vai mesclar trechos de terra, como no motocross, e de asfalto, como na modalidade supermoto.

Apesar da presença de motociclistas consagrados, não há favoritos ao título. Por enquanto, apenas o Meio Ambiente é vencedor, com o motociclismo provando que o esporte a motor pode ser emocionante, sem poluir, nem fazer barulho. (por Arthur Caldeira)

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