Criatividade e capacitação serão "peças-chave" da retomada do setor de duas rodas
Da Infomoto
O XIX Congresso Fenabrave, realizado entre os dias 12 e 14 de setembro em Brasília (DF), reuniu "pesos pesados" do cenário econômico e político. Entre eles, Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, os jornalistas Carlos Alberto Sardenberg e Alexandre Garcia, o ex-ministro Maílson da Nóbrega, além de Roberto Egydio Setúbal, presidente do Banco Itaú Unibanco. Em mais de 30 palestras, o Brasil foi "passado a limpo". Os workshops e painéis de debate atraíram mais de duas mil pessoas ao Planalto Central para discutirem um tema macro: "Construir o futuro é desafio do presente!".
Como cantou o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil no show de abertura do congresso, "andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar"... E essa mensagem parece que contagiou os empresários que discutiram claramente sugestões para o crescimento do setor automobilístico.
Sérgio Reze, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), destacou que a superação da crise econômica no Brasil não ocorreu por um "passe de mágica", já que várias estruturas empresariais estavam preparadas para enfrentar as dificuldades. "Os concessionários mostraram ter bases sólidas e conseguiram controlar duas áreas expostas ao risco - o caixa e os custos", argumentou Reze. Porém, Reze disse que os segmentos de duas rodas e de caminhões ainda não se recuperaram da crise mundial.
DUAS RODAS
Neste universo repleto de pessoas interessadas pelos negócios do setor de distribuição de veículos, o segmento de duas rodas pôde participar do congresso com a realização de uma mesa redonda e de um workshop. No comando dos debates Cícero Lima, editor da revista Duas rodas, e Luis Abad Neto, representante da Kasinski, que apresentou palestra com o tema "Uma idéia de sucesso!". Em ambos os casos, o auditório estava lotado.
Todos os participantes da mesa argumentaram que a falta de crédito para o setor é o maior entrave para a retomada do crescimento. Porém, com contenção de custos, criatividade, capacitação profissional e uma maior fidelização com a financeira e com o cliente e, consequentemente, a ampliação do crédito, os participantes acreditam que o mercado deve retomar gradativamente o crescimento.
Para Antonio Figueiredo Neto, concessionário Honda, não faltam clientes visitando as revendas. "O que falta é crédito, já que o mercado de baixas cilindradas representa praticamente 90% das vendas", conta o empresário, dizendo que há muita reprovação nas fichas cadastrais dos consumidores.
Para Isa Correa, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e representante do Grupo Izzo (importador oficial da marca Harley-Davidson), além da organização operacional, o que falta é uma maior criatividade por parte do concessionário. Segundo ela, é preciso oferecer mais atenção ao cliente e ter um pós-venda eficiente. "O mercado está reagindo, porém temos que fidelizar nosso consumidor", conta Isa Correa.
Segundo o jornalista Cicero Lima, quando concessionários, lideranças políticas e econômicas se reúnem para discutir os problemas e apontar soluções os resultados são animadores. "Acredito que a solução do nosso Brasil está nas mãos dos empreendedores e não em decretos assinados por quem conhece pouco do nosso setor", explica o moderador da mesa redonda "Como ajustar a concessionária à nova realidade do mercado de motos".
Em seu workshop, Luis Abad traçou um panorama global da produção de motos e deu muitas dicas aos espectadores. "O empresário que ter sucesso neste mercado deve ser engajado, comprometido com seu negócio", disse o executivo.
Abad, representante da Kasinski, disse que os concessionários hoje não vendem motos, mas sim financiamento (CDC ou consórcios). "Só um lembrete, no nosso segmento credibilidade é fundamental", conclui Abad.
HONDA E DAFRA NO CONGRESSO
Ao final da abertura do XIX Congresso Fenabrave foi divulgado o resultado da pesquisa de 2009, feita entre concessionários de todas as associações filiadas à entidade, sobre as marcas mais desejadas em quatro segmentos do setor. No setor de duas rodas , a Honda foi a escolhida.
Paralelamente ao congresso, a entidade organiza a Expofenabrave, que este ano reuniu mais de 40 expositores. Destaque para a Dafra. A montadora levou toda sua linha de motocicletas, com destaque para o CUB Zig e também para o novo scooter Smart, que fez sua primeira aparição em público. (por Aldo Tizzani)
* O jornalista viajou a convite da Fenabrave.
Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, esteve presente no evento em Brasília (DF)
Sérgio Reze, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), destacou que a superação da crise econômica no Brasil não ocorreu por um "passe de mágica", já que várias estruturas empresariais estavam preparadas para enfrentar as dificuldades. "Os concessionários mostraram ter bases sólidas e conseguiram controlar duas áreas expostas ao risco - o caixa e os custos", argumentou Reze. Porém, Reze disse que os segmentos de duas rodas e de caminhões ainda não se recuperaram da crise mundial.
DUAS RODAS
Neste universo repleto de pessoas interessadas pelos negócios do setor de distribuição de veículos, o segmento de duas rodas pôde participar do congresso com a realização de uma mesa redonda e de um workshop. No comando dos debates Cícero Lima, editor da revista Duas rodas, e Luis Abad Neto, representante da Kasinski, que apresentou palestra com o tema "Uma idéia de sucesso!". Em ambos os casos, o auditório estava lotado.
Todos os participantes da mesa argumentaram que a falta de crédito para o setor é o maior entrave para a retomada do crescimento. Porém, com contenção de custos, criatividade, capacitação profissional e uma maior fidelização com a financeira e com o cliente e, consequentemente, a ampliação do crédito, os participantes acreditam que o mercado deve retomar gradativamente o crescimento.
Para Antonio Figueiredo Neto, concessionário Honda, não faltam clientes visitando as revendas. "O que falta é crédito, já que o mercado de baixas cilindradas representa praticamente 90% das vendas", conta o empresário, dizendo que há muita reprovação nas fichas cadastrais dos consumidores.
Para Isa Correa, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e representante do Grupo Izzo (importador oficial da marca Harley-Davidson), além da organização operacional, o que falta é uma maior criatividade por parte do concessionário. Segundo ela, é preciso oferecer mais atenção ao cliente e ter um pós-venda eficiente. "O mercado está reagindo, porém temos que fidelizar nosso consumidor", conta Isa Correa.
Segundo o jornalista Cicero Lima, quando concessionários, lideranças políticas e econômicas se reúnem para discutir os problemas e apontar soluções os resultados são animadores. "Acredito que a solução do nosso Brasil está nas mãos dos empreendedores e não em decretos assinados por quem conhece pouco do nosso setor", explica o moderador da mesa redonda "Como ajustar a concessionária à nova realidade do mercado de motos".
Em seu workshop, Luis Abad traçou um panorama global da produção de motos e deu muitas dicas aos espectadores. "O empresário que ter sucesso neste mercado deve ser engajado, comprometido com seu negócio", disse o executivo.
Abad, representante da Kasinski, disse que os concessionários hoje não vendem motos, mas sim financiamento (CDC ou consórcios). "Só um lembrete, no nosso segmento credibilidade é fundamental", conclui Abad.
HONDA E DAFRA NO CONGRESSO
Ao final da abertura do XIX Congresso Fenabrave foi divulgado o resultado da pesquisa de 2009, feita entre concessionários de todas as associações filiadas à entidade, sobre as marcas mais desejadas em quatro segmentos do setor. No setor de duas rodas , a Honda foi a escolhida.
Paralelamente ao congresso, a entidade organiza a Expofenabrave, que este ano reuniu mais de 40 expositores. Destaque para a Dafra. A montadora levou toda sua linha de motocicletas, com destaque para o CUB Zig e também para o novo scooter Smart, que fez sua primeira aparição em público. (por Aldo Tizzani)
* O jornalista viajou a convite da Fenabrave.
